sexta-feira, 8 de abril de 2016

O Trono do Universo é uma Cruz

Como diz o Dr. F. J. Huegel: "O trono do mundo é uma cruz. Cristo reina do madeiro." Pelo fato de ter ido à cruz, hoje Cristo reina supremo no universo e essa supremacia um dia será francamente manifesta conforme ensina com clareza o livro do Apocalipse.

Lembrai-vos, amados, de que não há um caminho para ele e outro para nós. Ensinar que há dois caminhos é uma fraude satânica.

Quando nos consagramos de corpo e alma a ser santificados, purificados da mente carnal e cheios do Espírito, concordamos em que nosso "velho homem", que foi judicialmente crucificado com Cristo, será real e praticamente pregado na cruz. Quando Deus vê que temos intenções sérias, que o consentimento da vontade é autêntico e para valer, ele aceita o sacrifício. Então tem início a batalha. Aquilo que fazemos teoricamente tem de ser executado de modo prático em todas as intermináveis variedades da vida diária, da conduta e da experiência cristã. 

Havendo nós concordado em que nosso "velho homem" será real e praticamente cravado na cruz, de imediato Satanás solta um grito de protesto, e começa a condoer-se de toda a vida da natureza e do ego, assim como Pedro compadeceu-se de Jesus, quando disse: "Senhor, isso de modo algum te acontecerá." E a menos que tenhamos muito cuidado, aceitaremos as sugestões, concordaremos com Satanás que nossa carne não deve morrer, que somos bons demais para a cruz, que em nosso caso a cruz é um erro. A condolência é um sentimento muito sutil, e embora seja, com freqüência, um traço da semelhança de Cristo, pode também ser um traço da carne. Jesus recusou a simpatia de Pedro, dizendo que ela era da carne e não de Deus. Ele sabia que seu trono era uma cruz e não se deixaria desviar. É preciso que tenhamos cuidado ao compadecermo-nos de alguém, quando Deus o está disciplinando, quando ele está permitindo que a cruz opere nessa vida. Podemos estar tomando o partido dela contra Deus. Por meio da simpatia podemos, em verdade, atrair a pessoa para nós mesmos, afastando-a de Deus.

Satanás sempre fará todo o possível para evitar que a pessoa vá à cruz em plena consagração para a morte do ego. Uma vez que a pessoa faz a rendição inicial permitindo que a cruz aniquile sua "velha natureza" carnal, Satanás fará todo o possível para que ela desça da cruz, como ele tentou Jesus a fazê-lo. Ele pode contar com algum Pedro ou seu irmão para dizer: "Isso de modo algum te acontecerá." Oswald Chambers diz que "nenhum santo deveria interferir no modo como Deus disciplina a outro santo". Ele chama a esse gesto de "providência de amador".

Tão-logo a pessoa submete seu "velho homem", a velha vida da natureza e do ego, a ser praticamente cravado na cruz, Satanás ou seus instrumentos, como Pedro, pode começar a condoer-se de toda a vida da natureza que ainda não foi crucificada de maneira prática. Embora o que chamamos de mente carnal, aquilo que se rebela contra Deus, possa deveras ser morta, não obstante, em cada experiência individual de nova e mais profunda participação na cruz e sua aplicação, a tentação está sempre presente: "Salva-te a ti mesmo, e desce da cruz!" E ainda que nos tenhamos submetido à crucificação, nos casos individuais de aplicação prática da cruz, quem há que se atreva a dizer que nunca cederá à tentação de "descer da cruz"?



Extraído do livro “O Seu Destino é a Cruz” de Paul Billheimer

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