“...porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda a comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que não se veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.” (2 Co 4:18)
Existe uma lei que governa o modo como corremos a carreira – a lei da perspectiva espiritual. Aos olhos naturais, um objeto localizado a uma grande distância parece pequeno e insignificante, enquanto que um objeto que se encontra mais próximo do observador parece bastante grande e impressionante.
Suponha que você esteja olhando para uma longa fila de postes telefônicos. O poste do qual você está mais próximo parecerá bastante grande; mas aquele que está lá distante, na linha do horizonte, parecerá ser um pequeno pontinho comparado com o primeiro. Isso parece ser a realidade, seus olhos lhe dizem que isso é real, verdadeiro, todavia não é. Se você for até aquele poste que está mais distante no horizonte, você terá outra visão, você verá que houve mudanças inacreditáveis.
Esse exemplo ilustra o engano que temos ao ver as coisas com olhos naturais. Aquilo que é visível e temporal pode fazer com que alvos distantes, espirituais, se tornem pequenos. Somente quando é aplicado o colírio espiritual podemos ver as coisas de acordo com Sua perspectiva. Paulo ilustrou sobre isso: “porque a nossa leve e momentânea tribulação (o poste telefônico mais próximo) produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação...”
Esse engano que se aplica ao espaço, também se aplica ao tempo. Se você tiver um filho de seis anos de idade, você pode testar a perspectiva dele perguntando a ele o que preferiria: 10 reais hoje ou 1.000 reais no mês que vem. A menos que ele seja um menino muito diferente dos outros, os 10 reais hoje vão parecer muito maiores aos seus olhos do que os 1.000 reais daqui a um mês. Você lembrará que foi esse tipo de engano que colocou Esaú em problemas. Uma noite Esaú chegou em casa faminto. Jacó lhe disse: “Esaú, se você me der todas as terras, gado, bens e propriedades que você possui por direito de primogenitura, eu lhe darei um prato de sopa”. Da perspectiva de alguém recém-jantado, essa proposta parece ridícula. Mas Esaú estava com fome, e a fome pode mudar a perspectiva de alguém de tal forma que um prato de sopa pareça extremamente importante. É bem possível que, qualquer desejo, ainda que pequeno e insignificante, seja colocado tão próximo dos olhos a ponto de impedir-nos de enxergar todo o propósito de Deus no futuro.
Há uma perspectiva divina a qual Deus tem sempre compartilhado com aqueles que andam em Sua luz...”na tua luz vemos a luz “(Sl 36:9). Caminhar na Sua luz nos ajudará não somente a manter cada poste telefônico (cada experiência) em perfeito alinhamento, mas também a manter cada um deles na perspectiva de Deus. Isso significa que cada alvo menor irá apontar para Seu supremo propósito. O homem de visão é aquele que pode ver os postes telefônicos no horizonte do mesmo tamanho independente da distância em que se encontrem. Ele vive com o poder, a percepção e a perspectiva do SEU ALVO.
Extraído do livro “O Supremo Propósito” – Dvern Fromke
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