quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Terceiro: como Paulo proclama sua mensagem

A mensagem de Paulo é a cruz, e ele próprio é uma pessoa crucificada. Ao pregar a cruz, ele adota a maneira da cruz. A pessoa crucificada prega a mensagem da cruz no espírito da cruz. Mui frequentemente o que pregamos é, de fato, a cruz; mas nossa atitude, nossas palavras e nossos sentimentos não parecem testemunhar do que pregamos. Muito da pregação da cruz não é feita no espírito da cruz! Paulo escreveu aos crentes Coríntios:

"...quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fiz com ostentação de linguagem, ou de sabedoria."

Aqui, o testemunho de Deus refere-se à palavra da Cruz. Paulo não empregou palavras difíceis de sabedoria ao proclamar a cruz mas foi ter com eles no espírito da cruz: "A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder." Esse é, verdadeiramente, o espírito da cruz.

A cruz é a sabedoria de Deus, embora para os incrédulos seja loucura. Quando proclamamos a mensagem "louca", devemos assumir a maneira "louca", adotar a atitude "louca", e usar palavras "loucas". A vitória de Paulo encontra-se no fato de ser ele, deveras, uma pessoa crucificada. Ele pode, portanto, proclamar a cruz com a atitude e também com o espírito da cruz. Aquele que não experimentou a crucificação não está cheio do espírito da cruz e, consequentemente, não é digno de proclamar a mensagem da cruz.

Depois de examinarmos a experiência de Paulo, será que ela não nos mostra a causa de nosso fracasso? A mensagem que pregamos pode estar certa, mas examinemos a nós mesmos à luz do Senhor, discernindo se somos realmente homens e mulheres crucificados. Com que espírito, palavras e atitudes pregamos a cruz? Ah! Que nos humilhemos profundamente perante estas perguntas para que Deus possa ser gracioso a nós e que os que nos ouvem possam receber a vida.

O fracasso das pessoas em receber a vida deve ser falha dos pregadores! Não é que a palavra tenha perdido seu poder; é que os homens têm falhado. Os homens têm impedido o transbordar da vida de Deus, não que a palavra de Deus tenha perdido sua eficácia. Pessoas que não possuem a experiência da cruz e portanto têm falta do espírito da cruz, são incapazes de conceder aos outros a vida da cruz. Como podemos dar a outrem aquilo que nós mesmos não possuímos? A não ser que a cruz se transforme em vida para nós, não podemos conceder essa vida aos outros. O fracasso em nossa obra é devido ao fato de estarmos ansiosos para pregar a cruz sem que essa cruz esteja dentro de nós. Aquele que verdadeiramente sabe pregar deve primeiro ter pregado a palavra para si mesmo. Doutra forma o Espírito Santo não operará por seu intermédio.

A palavra da cruz que tantas vezes proclamamos, na realidade não é nossa, mas emprestada — conseguimo-la, pelo poder mental, em livros ou examinando as Escrituras.

As pessoas inteligentes e os que estão acostumados a pregar têm, em particular, tendência para esse perigo. Receio que toda sua pesquisa, estudo, leituras, assistência a palestras sobre o mistério da cruz em seus aspectos vários sejam para as outras pessoas e não para si mesmas, em primeiro lugar. Pensar consistentemente nos outros e negligenciar nossa própria vida poderá resultar em fome espiritual!

... Ou talvez o pregador conheça muito bem a psicologia das massas de forma que fala com eloquência e sinceridade. Pode até mesmo aconselhar o auditório a não ficar satisfeito com a mera compreensão intelectual do que ouviu, mas procurar a experiência. Entretanto, embora seus ouvintes possam ser despertados temporariamente, falham, não obstante, em receber a vida. O que possuem permanece teoria, não se torna experiência.

Que nós, portanto, possamos não estar satisfeitos com nós mesmos, pensando que nossa eloquência pode dominar o auditório. Embora possam ser estimulados momentaneamente, compreendamos que o que recebem de nós são simplesmente pensamentos e palavras. O fracasso em conceder vida nada contribui em absoluto para a caminhada espiritual do homem. Que proveito há em dar às pessoas somente pensamentos e palavras? Minha oração é que isto penetre profundamente em nossos corações e nos faça refletir sobre a vaidade de nossas obras anteriores!

Como já vimos, pois, os dois motivos principais por que não concedemos vida enquanto pregamos a cruz são: (1) nós mesmos não possuímos a experiência da cruz, e (2) não pregamos a palavra da cruz no espírito da cruz.

Continua amanhã com o texto “Motivos do Fracasso da Mensagem da Cruz”...


Extraído do livro “O Mensageiro da Cruz” – Watchman Nee

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Segundo: o próprio Paulo

A mensagem que Paulo prega é a cruz do Senhor Jesus Cristo. O que ele proclama não é em vão, uma vez que é um canal vivo da vida divina. Com o evangelho da cruz, ele gera a muitos. Entretanto, ao pregar a palavra da cruz, o que acontece com ele? Ele diz: "E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós." Ele próprio é uma pessoa crucificada! Percebamos que é preciso uma pessoa crucificada a fim de pregar a palavra da cruz.

Aqui, Paulo não tem absolutamente nenhuma confiança em si mesmo. Sua fraqueza, temor e grande tremor — o perceber a si mesmo como totalmente inútil e sem nenhuma autoconfiança — são sinais seguros de que ele é uma pessoa crucificada. "Estou crucificado com Cristo", Paulo certa vez declarou (Gálatas 2:19). A seguir acrescenta: "Dia após dia morro!" (1 Coríntios 15:31). É preciso um Paulo moribundo a fim de proclamar a crucificação. Sem a verdadeira morte do ego, a vida de Cristo não pode fluir dele. É relativamente fácil pregar a cruz, mas ser uma pessoa crucificada na pregação da crucificação, não o é. Se não formos homens e mulheres crucificados, não podemos pregar a palavra da cruz; ninguém receberá a vida da cruz mediante nossa pregação a menos que estejamos crucificados. Para falar francamente, aquele que não conhece a cruz experimentalmente não é digno de pregá-la.

Continua amanhã com o texto “Como Paulo proclama sua mensagem”...


Extraído do livro “O Mensageiro da Cruz” – Watchman Nee

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Primeiro: a mensagem que Paulo prega

A mensagem que Paulo prega é Jesus Cristo, e este crucificado. Seu assunto é a cruz de Cristo ou o Cristo da cruz. Ele só sabe isto e nada mais. Que tremenda perda será para os que nos ouvem e também para nós mesmos o nos esquecermos da cruz e não fazermos dela e do seu Cristo nosso único tema. Espero que não estejamos entre aqueles que não pregam a cruz de modo nenhum.

De forma que à luz desta passagem da Escritura, nossa mensagem e nosso tema estejam deveras corretos. Mas não temos tido a experiência de, a despeito da correção de nossa mensagem, não transmitirmos vida às pessoas? Permita-me dizer-lhe, que embora seja essencial pregar a mensagem correta, metade de nosso labor será em vão se não tiver como resultado a recepção de vida pelas pessoas.

Devemos sublinhar que o objetivo de nossa obra é que as pessoas tenham vida. Pregamos a morte substitutiva da cruz a fim de que Deus possa conceder vida aos que creem. Mas que proveito há em ficarem meramente emocionados e serem levados ao arrependimento (até mesmo aprovando o que pregamos) se sua simpatia for somente superficial e a vida de Deus não entrar neles? Ainda estarão sem a salvação. De modo que nosso objetivo não é levar as pessoas somente ao arrependimento ou influenciar lhes a mente, mas conceder-lhes a vida de Deus para que sejam salvas. Ainda quando pregamos ao crente a verdade mais profunda referente à co-morte da cruz, devemos ter em vista o mesmo objetivo.

Ora, é muito fácil fazer com que as pessoas conheçam e compreendam certo assunto. Realmente não é difícil persuadir as pessoas a aceitarem mentalmente nosso ensinamento; crentes e incrédulos, da mesma forma, com algum conhecimento, podem, facilmente compreender, se o ensinamento lhes for explicado com clareza. Mas para que recebam vida, poder, e para que experimentem o que pregamos, Deus tem de operar por nosso intermédio a fim de dispensar a vida mais abundante. Não devemos nos esquecer jamais de que tudo o que fazemos é com o propósito de sermos canais da vida de Deus para que essa mesma vida flua para o espírito das pessoas. Portanto, tendo a correção da mensagem e do tema, precisamos ter certeza de que somos canais que Deus possa usar a fim de transmitir vida para as outras pessoas.

Continua amanhã com o texto “O próprio Paulo”...


Extraído do livro “O Mensageiro da Cruz” – Watchman Nee

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O Mensageiro da Cruz

Em anos recentes muitos parecem estar cansados de ouvir a mensagem da cruz; entretanto, damos graças a Deus nosso Pai, e o louvamos, pois ele reservou, por amor de seu grande nome, muitos fiéis que não dobraram os joelhos a Baal. Achamos, entretanto, que todos os servos de Deus devem saber por que, embora fielmente proclamem a cruz, vêem tão pouco resultado. Por que as pessoas ouvem a palavra verdadeira de Deus e no entanto suas vidas demonstram tão pequena mudança? Cremos que este assunto deve receber nossa maior atenção. Nós, como trabalhadores do Senhor, devemos saber por que o evangelho que pregamos falha em ganhar pessoas. Que humildemente oremos, pedindo que o Espírito de Deus derrame luz sobre nossos corações a fim de vermos onde falhamos.
Naturalmente, devemos dar atenção à palavra que pregamos. (Aqui não nos preocuparemos com os que pregam um evangelho errado, ou "outro" evangelho, pois sua fé já está em erro.). O que pregamos é a verdade, em perfeito acordo com a Bíblia. Nosso tema é a cruz do Senhor Jesus. O que proclamamos não é outro senão o Senhor Jesus, e este crucificado a fim de salvar os pecadores, tanto da pena como do poder do pecado...

...Temos conhecimento completo do caminho da salvação. Estamos familiarizados com o segredo do morrer com Cristo e com o conseguir, pela fé, o poder de sua morte a fim de lidar com o ego e também com o pecado. Compreendemos claramente todos os ensinamentos relacionados com este assunto apresentados na Bíblia; e podemos apresentá-los tão bem de modo que todos os apreciem — tão bem, de fato, que quando pregamos a cruz de Cristo, o auditório parece prestar muita atenção e grandemente comover-se. Talvez tenhamos eloquência natural, o que aumenta ainda mais nossa capacidade de emocionar as pessoas — e grandemente ajuda, achamos, nossa obra.

Em tais circunstâncias, naturalmente esperamos que muitos incrédulos recebam a vida e que muitos crentes recebam a vida mais abundante. Entretanto, os resultados são outros, para surpresa nossa. Embora as pessoas, no auditório, pareçam estar emocionadas, descobrimos que meramente retêm na memória as palavras que falamos sem ganhar o que espiritualmente desejamos para elas. Não há mudanças notáveis em sua vida. Compreendem o ensino mas sua vida diária não é afetada. Simplesmente armazenam o que ouvem, sem que isso tenha qualquer impacto prático em seus corações.

O motivo de um efeito tão contrário como este parece estar no fato de que o que você e eu possuímos é mera eloquência, palavras ou sabedoria. Por trás de nossa palavra não existe o poder que estimula o coração. Nossa palavra e voz podem ser excelentes, entretanto, o poder de transformar vidas está ausente delas. Por outras palavras, embora possamos atrair as pessoas a fim de nos ouvir, o Espírito Santo não tem trabalhado juntamente conosco. E por isso nosso esforço não produz resultado permanente. Nossa palavra não causa nenhuma impressão indelével nas vidas das pessoas.

Ultimamente a palavra de Deus tem-me chamado a atenção contra este tipo de pregação. Não devemos procurar ser oradores aclamados pelas pessoas (pois não é o nosso Senhor o doador da vida?); antes, devemos ser meros canais através dos quais a vida dele possa fluir ao coração do homem. Por exemplo, ao pregarmos a cruz, devemos ser aqueles que podem conceder a vida da cruz aos outros. O que me fere grandemente é que, embora muitos hoje estejam pregando a cruz, os ouvintes não parecem receber a vida de Deus. As pessoas ouvem nossas palavras; parecem aprová-las e alegremente recebê-las; entretanto a vida de Deus não está presente...

Tais resultados imperfeitos trazem-me muita angústia. Levam-me a humilhar-me perante Deus e a buscar sua luz. Ora, se você partilhar da mesma experiência, gostaria que se juntasse a mim em tristeza perante o Senhor e que juntos nos arrependêssemos de nosso fracasso. O que nos falta hoje são homens e mulheres que verdadeiramente preguem a cruz, e que a preguem especialmente no poder do Espírito Santo.

Com relação a isto, leiamos a seguinte porção da Palavra de Deus:
"Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem, ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiam em linguagem persua¬siva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder" (1 Coríntios 2:1-4).
Nesta passagem podemos ver o esboço de três coisas: primeiro, a mensagem que Paulo prega; segundo, o próprio Paulo; e terceiro, como Paulo proclama sua mensagem.

Continua amanhã com o texto “A Mensagem que Paulo prega”...


Extraído do livro “O Mensageiro da Cruz” – Watchman Nee

Post da Semana

Essa semana vamos postar porções sobre o tema "O Mensageiro da Cruz" de Watchman Nee (livro "O Mensageiro da Cruz").

Desejamos que os irmãos sejam edificados, alimentados e fortificados NEle. E que a palavra possa habitar ricamente em nosso coração....


Em Cristo,
Participantes de Cristo

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Louvar antes de Compreender

Finalmente no Salmo 50:23 Deus diz, “O que me oferece sacrifício de ações de graça, esse me glorificará”. Aqui, a palavra ações de graças também pode ser traduzida como louvor. O Senhor está esperando por nossos louvores. Nada pode glorificar nosso Deus como o louvor. Um dia, todas as orações, obras, profecias e labutas serão terminadas. Mas naquele dia nossos louvores serão mais que hoje. O louvor durará pela eternidade; nunca cessará. Quando alcançarmos o céu e chegarmos à nossa morada final, nossos louvores se estenderão mais alto. Hoje temos a oportunidade de aprender a melhor lição; mesmo hoje podemos aprender a louvar a Deus.

Hoje ainda é o tempo em que nos vemos em um espelho obscuro (1Co 13:12). Apesar de podermos ver um pouco de muitas coisas, não podemos entender o significado por trás delas. Podemos apenas sentir a dor de todas as nossas mágoas interiores e testes exteriores que temos nos deparado e experimentado. Não podemos entender o significado por trás delas.

Esse é o motivo pelo qual não louvamos. Cremos que louvores abundarão nos céus porque haverá pleno conhecimento nos céus. Quanto mais pleno é o conhecimento, mais pleno é o louvor. Tudo será claro quando formos diante do Senhor naquele dia. As coisas que não estão claras hoje nos serão claras naquele dia. Naquele dia veremos a vontade excelente do Senhor em cada passo da disciplina do Espírito.

Se não houvesse disciplina do Espírito, não poderíamos imaginar quantas vezes teríamos caído! Se alguns dos nossos passos não tivessem sido parados pelo Espírito Santo, não poderíamos imaginar quão lamentável nossa queda teria sido! Muitas coisas, centenas e até mesmo milhões delas que não vemos hoje, se tornarão claras para nós naquele dia.

Quando virmos tudo naquele dia, curvaremos nossa cabeça e O louvaremos, dizendo, “Senhor, Tu nunca estivestes errado”. Cada passo da disciplina do Espírito é a obra de Deus em nós. Se não tivéssemos ficado doentes naquela vez, o que teria acontecido a nós? Se não tivéssemos falhado naquela vez, o que teria acontecido a nós? O que enfrentamos pode ter sido um problema, mas por meio de enfrentarmos esse problema podemos ter evitado problemas maiores. O que enfrentamos pode ter sido uma adversidade, mas por meio dessa adversidade podemos ter evitado adversidades maiores.

Naquele dia veremos por que o Senhor permitiu que todas essas coisas acontecessem conosco. Hoje o Senhor está nos conduzindo, passo a passo nesse caminho. Naquele dia curvaremos nossas cabeças e diremos, “Senhor, fui um tolo, porque não Te louvei naquele dia. Fui um tolo porque não Te agradeci naquele dia”. Quando nossos olhos forem abertos e tudo estiver claro naquele dia, como seremos envergonhados quando nos lembrarmos dos nossos murmúrios.

Portanto, hoje devemos aprender a dizer, “Senhor, não posso entender o que Tu estás fazendo, mas sei que Tu não podes estar errado.” Temos que aprender a crer e louvar. Se o fizermos, diremos naquele dia, “Senhor! Agradeço-Te pela Tua graça que me salvou de murmurações e reclamações desnecessárias. Senhor! Agradeço-Te pela graça que me guardou de murmurar durante aqueles dias.”

Por muitas coisas, quanto mais conhecimento temos, maior será nosso louvor. Temos o desejo de louvar o Senhor porque Ele é bom (Sl 25:8; 100:5). Precisamos sempre dizer, “O Senhor é bom”. Hoje temos que aprender a crer que o Senhor é bom e que Ele nunca está errado, mesmo que nem sempre podemos entender o que Ele está fazendo. Se crermos, louvaremos. Nossos louvores são Sua glória. Louvar é glorificar a Deus. Deus é digno de toda a glória. Possa Deus ganhar louvores abundantes de Seus filhos.


Extraído do texto “Louvores” – Watchman Nee

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Obediência introduz Louvor

Nossos problemas encontram-se principalmente em duas categorias. A primeira categoria são os problemas que surgem do ambiente e acontecimentos à nossa volta. Esse era o problema de Josafá. A maneira para vencer esse tipo de problema é pelo louvor. A segunda categoria é o problema dentro de nós. As palavras podem nos ferir. Outros podem nos ofender, perseguir, maltratar, opor, nos odiar sem nenhuma razão, ou nos difamar sem nenhuma base. Podemos achar essas coisas insuportáveis, e não podemos superá-los. Esses problemas têm a ver com a nossa vitória pessoal. Um irmão pode dizer alguma coisa que não é apropriada.

Uma irmã pode lidar com você de maneira irracional. Você pode achar quase impossível que essas coisas aconteçam. Todo o seu ser pode lutar, reclamar, e chorar por justiça. Você pode achar difícil perdoar os outros. É difícil vencer o seu sentimento. Você é injustiçado, caluniado, perseguido e não pode superar isto. Orar não ajuda muito. Você quer lutar e resistir contra isto, mas não pode. Quanto mais tenta livrar-se desse encargo, pior você fica. Você acha difícil vencê-lo.

Por favor, lembre-se que quando você sofre uma grande carência pessoal e uma grave injustiça, não é tempo para orar, mas tempo para você louvar. Você deve curvar sua cabeça e dizer ao Senhor, “Te agradeço. Tu nuncas estás errado no que fazes. Aceito todas as coisas das Tuas mãos. Te agradeço e Te louvo.” Se fizermos isso todos os nossos problemas irão embora. Vitória não tem nada a ver com lutar com a carne.

Não tem nada a ver com tentar perdoar os outros ou empenhar-se em perdoá-los com o nosso próprio esforço. A vitória vem quando curvamos nossa cabeça e louvamos o Senhor: “Eu Te louvo pelo Teu caminho. O Teu arranjo é sempre bom. Qualquer coisa que Tu faças é sempre certo”. Quando você louva o Senhor dessa maneira, o seu espírito se elevará sobre os seus problemas, se elevará sobre suas mágoas interiores.

Aqueles que estão magoados em seus sentimentos são carentes de louvor. Se você puder louvar o Senhor, a sua mágoa se tornará em louvor. Seu espírito transcenderá as alturas, e você dirá a Deus, “Te agradeço e Te louvo. Tu nunca estás errado nos Teus caminhos.” Esse é o caminho que devemos tomar diante do Senhor. Deixe tudo
A vida cristã se eleva por meio dos louvores. Louvar é transcender tudo para tocar o Senhor. Esse é o caminho que o nosso Senhor Jesus tomou quando estava na terra. Devemos tomar o mesmo caminho. Não devemos murmurar contra os céus quando estamos sob testes. Devemos nos elevar acima dos testes. Uma vez que louvamos, estamos acima dos testes. Quanto mais os outros tentam nos colocar para baixo, mais nos levantamos diante do Senhor e dizemos, “Eu Te agradeço e Te louvo! Aprenda a aceitar tudo! Aprenda a conhecer que Ele é Deus. Aprenda a conhecer a obra das Suas mãos!

Nada pode amadurecer um homem como os sacrifícios de louvor. Não apenas precisamos aprender a aceitar a disciplina do Espírito Santo, mas também louvar a disciplina do Espírito Santo. Não apenas precisamos aprender a aceitar, mas também glorificar o tratamento do Senhor. Não apenas precisamos aprender a aceitar a correção do Senhor, mas também aceitá-la voluntariamente. Se fizermos isso, uma porta clara e gloriosa será aberta a nós.

Extraído do texto “Louvores” – Watchman Nee


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Fé produz Louvor

Salmo 106:12 é uma palavra muito preciosa. “Então, creram nas suas palavras e lhe cantaram louvores.” Essa era a condição dos filhos de Israel no deserto. Eles creram, e cantaram. Eles creram, então louvaram. Louvor tem um ingrediente básico—fé. Você não pode louvar em vão com sua boca. Você não pode fazê-lo de maneira irreverente, “Agradeço ao Senhor! Louvo ao Senhor!” Você precisa crer.

Somente depois que crer, você pode louvar. Quando você tem alguns problemas ou quando está aflito, ora, e quando ora, um tipo de fé brota em seu coração. Neste momento você abre sua boca para louvar. Esta é a maneira viva, mas não faça isso de maneira leviana. Quando uma pessoa enfrenta um problema, ela deve orar.

Mas assim que ele encontra um pouco de fé, assim que ele começa a crer em Deus e em Sua grandiosidade, poder, compaixão, glória e a manifestação da Sua glória, ele deve começar a louvar. Se um homem obtém fé, mas não é seguida com louvor, logo ele verá que a sua fé foi embora. Estamos dizendo isso por experiência própria. Uma vez que você tem a fé interior, você deve louvar. Se você não louva, perderá sua fé depois de algum tempo. Você pode ter fé agora.

Depois de algum tempo, você perderá esta fé. Portanto, devemos aprender a louvar. Devemos aprender a expressar palavras de louvor. Devemos abrir nossas bocas para louvar. Não apenas devemos ter uma mente para louvar, mas também ter palavras audíveis de louvor. Você deve dizer, “O Senhor! Te louvo!” Faça isso até que você tenha uma mudança de não ter sentimento para ter sentimento, ou de ter um sentimento fraco para um sentimento forte. Faça isso até você tenha uma mudança de uma fé pequena para uma fé plena.

Uma vez que a glória de Deus enche os seus olhos, você pode crer. Uma vez que a Sua glória enche seu espírito, você pode louvar. Você tem que ver que Deus está acima de tudo e é digno do seu louvor. Quando você louva, Satanás foge. Algumas vezes precisamos orar.

Mas quando nossa oração alcança o ponto onde temos a fé e a segurança, sabemos que o Senhor tem respondido nossa oração, e devemos orar: “Senhor! Te agradeço e Te louvo! Essa questão já está resolvida!” Não espere que o problema acabe antes que você louve. Temos que louvar assim que cremos. Não espere até que o inimigo fuja para cantar. Temos que cantar para expulsá-lo. Temos que aprender a louvar pela fé. Quando O louvamos em fé, o inimigo será derrotado e expulso. Temos que crer antes que possamos louvar. Primeiro cremos e louvamos, e então experimentamos vitória.


Extraído do texto “Louvores” – Watchman Nee