quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Os Mistérios do Reino

“a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus”
Mateus 13:11

A Aparência Exterior do Reino Então você tem a terceira e a quarta, e a quinta e a sexta parábola. Estes dois pares são contrastantes. A terceira e a quarta nos falam do crescimento anormal da aparência exterior do reino dos céus porque a semente de mostarda é a menor semente, viva. Nosso Senhor disse que se você tiver fé como uma semente de mostarda, você pode remover a montanha porque ela é viva. A mostarda é uma verdura, e contudo esta semente de mostarda cresceu até ser uma grande árvore de tamanho anormal. E por causa disso, todos os pássaros vieram e se empoleiraram nela. Na primeira parábola você se lembra que os pássaros representam o maligno; assim nesta parábola é o mesmo. Em outras palavras, você descobre que a cristandade no crescimento superou a sua natureza. Ela teve um crescimento anormal e se tornou uma grande instituição neste mundo. Todo tipo de mal encontra nela, um ninho. Isto é exterior. 

O interior é a quarta parábola. A mulher colocou fermento em três medidas de trigo. Estas medidas de farinha supostamente seriam uma oferta de alimento para Deus, mas ela não pode ser levedada. Mas aqui um fermento é colocado nela e ela cresce com ensinamentos corruptos e heresias. Todos os tipos de ensinamentos corromperam o evangelho de Jesus Cristo. Esta é que é a aparência do assim chamado reino dos céus neste mundo. 

Mas graças a Deus, existem a quinta e a sexta parábola, o tesouro e a pérola. Estes mostram que mesmo nesta confusão a coisa real ainda está ali – os escondidos. Eles estão escondidos para o mundo, mas conhecidos para Cristo. E por isso Ele deu tudo para possuí-los. O tesouro fala da verdade; a pérola fala da experiência com Deus. E esta é a realidade interior. Apesar do crescimento anormal, a corrupção interior, Deus ainda tem Seus escondidos. 

Na Parábola da Rede, finalmente, temos o final do mundo. Tudo será separado. Esta é a história do reino dos céus sobre a terra, e nosso Senhor quer que nós o saibamos. Mas para o mundo isso ainda é um mistério. Eles não o sabem. 

Finalmente, em Mateus 24-25 nosso Senhor profetizou como o reino dos céus finalmente será estabelecido sobre esta terra, quando o reino deste mundo se tornará o reino do Senhor e de Seu Cristo. Oh, irmãos e irmãs, não pensem que nosso Senhor não está trabalhando. Não pensem que o reino dos céus nunca será publicamente estabelecido sobre 27 a terra. Pensem que Ele está no céu à direita do Pai, Ele não está dormindo; Ele está trabalhando. A Bíblia nos diz que Ele está trabalhando. Ele está abrindo os selos. Ele está trabalhando para estabelecer Seu reino, para fazer do reino deste mundo o reino de Deus e do Seu Cristo. Ele está trabalhando. Podemos estar seguros disto. Haverá muitas tribulações, muitos conflitos, porque o inimigo não quer desistir, mas ele não tem chance. Seu fim está vindo. 

Assim qual é a palavra de nosso Senhor a nós? Vigiai, pois; não vá dormir. Não seja complacente. Não permita que o mundo roube seu coração. Buscai, primeiro o reino de Deus e a Sua justiça. Faça violência a si mesmo para que você possa apoderar-se dele. Seja pobre de espírito, pois deles é o reino dos céus. Esteja preparado para ele. E se você estiver pronto a qualquer momento, quando Ele subitamente vier, você estará com Ele. 

Você vê quão importante é o reino dos céus? Se não vivemos no reino dos céus hoje, quando o reino dos céus for abertamente, publicamente, universalmente estabelecido sobre esta terra, onde você estará? Você será lançado nas trevas exteriores; quer dizer, você não terá parte no reino dos céus. Você não reinará com Cristo por mil anos. Você não poderá entrar no gozo do Senhor. Você rangerá seu dente com pesar. Pelo amor por um momento, você sacrifica a glória de mil anos. Isto não significa que você não é salvo; você é salvo. Na eternidade você estará na Jerusalém celestial, mas você não terá parte no reino dos céus durante estes mil anos. 

Assim, irmãos e irmãs, vamos meditar sobre ele. Coloque seu coração nele. Pratique-o. Pondere sobre ele. Não permita isto apenas se escapar. Ele tem tudo para fazer por você hoje e amanhã. Assim possa o Senhor ter misericórdia de nós, sabemos que Sua graça é suficiente.

Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Por que lhes falas por parábolas?

“E chegando-se a ele os discípulos, perguntaram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus”
Mateus 13:10,11

Então em Mateus 13 nosso Senhor Jesus prossegue. Depois dos fariseus e os escribas blasfemarem do Espírito Santo em Mateus 12, quando nosso Senhor se dirigiu à multidão, Ele não falou mais abertamente, mas usou parábolas. Parábola significa “interpretar lado a lado”. É uma cena familiar para ilustrar algo com um significado espiritual mais profundo. Isto é uma parábola. Assim nosso Senhor Jesus começou a falar em parábolas. E quando Ele o fez, Seus discípulos vieram a Ele e disseram: “Porque Tu falas em parábolas e não em palavras claras?” Nosso Senhor disse: “Porque os mistérios do reino dos céus são para vocês entenderem, não para o mundo”. 

No que diz respeito ao mundo, o reino dos céus é um mistério. É algo escondido. É um segredo desconhecido a menos que seja explicado. Mas para nós, para os discípulos de nosso Senhor Jesus, Ele explica; Ele abre nosso entendimento porque se supõem que devamos conhecer tais mistérios. Agora, você conhece estas parábolas? 

Estas parábolas são muito importantes porque nos falam do desenvolvimento histórico do reino dos céus na terra. Isto está escondido do mundo e contudo nosso Senhor o abre a nós que somos Seus para que possamos entender como ele se desenvolve. Desde a vinda de nosso Senhor Jesus, o reino dos céus foi trazido do céu para a terra, e Ele está gradualmente edificando este reino. E o processo nos é mostrado em Mateus 13. 

Estas sete (ou oito) parábolas são contínuas. Elas possuem um caráter contínuo nelas. A primeira parábola é a parábola do semeador. O semeador não é outro senão o nosso Senhor Jesus mesmo. Ele veio a este mundo para semear a palavra do reino, que é a semente. O campo é o coração dos homens. Quando a palavra do reino dos céus é semeada nos corações, infelizmente somente um dentre quatro é um solo preparado para receber a palavra. Com paciência começa a dar fruto. Este é o começo da história do reino dos céus na terra. 

A segunda parábola é do trigo e do joio. Nesta parábola você encontra progressão. O trigo, a semente que o semeador semeou, se torna os filhos do reino dos céus. Em outras palavras, a palavra do reino dos céus foi recebida e começa a mudar estas pessoas para se tornarem filhos do reino dos céus. E eles são semeados neste mundo, que é o campo. Os filhos do reino dos céus estão por todo lugar. E o inimigo veio e semeou no mesmo campo (o mundo) joio (filhos do mal), e eles cresceram juntos. Isto foi feito sem o conhecimento dos servos, mas certamente o senhor o sabia. Em outras palavras, nosso Senhor sabia todo o tempo, mas seu povo não o sabia. Mas quando eles cresceram, os servos começaram a compreende-lo, e vieram ao Senhor e disseram: “Quem fez isto? O que deveremos fazer com isso? Deveremos arranca-los a todos?” “Não, deixem-nos em paz porque se vocês arrancarem o joio arrancarão o trigo também, porque suas raízes começaram a se entrelaçar. Esperem até o tempo da colheita”.

O que é isto? Esta é a aparência exterior do reino dos céus nesta terra hoje. É uma figura do cristianismo. É uma figura da cristandade. Sempre que o evangelho é pregado, onde quer que a influência do evangelho vá, seja num hospital, numa escola, ou outro lugar qualquer você descobre que o cristianismo se propaga. E no cristianismo você tem mistura. As pessoas professam ser cristãs, mas são falsos irmãos. Você não pode arranca-los. Se você o faz, arrancará tudo. Você precisa esperar até o tempo da colheita, que é o fim do mundo. E este não é o trabalho do homem, é o trabalho dos anjos. Nosso Senhor enviará Seus anjos para escolhe-los, queimar o joio e trazer o trigo para o celeiro. Esta é a segunda parábola. Você vê o desenvolvimento aqui? 



Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A Minha Formosura Mudou em Corrrupção

“Fui, pois, deixado sozinho, e vi esta grande visão, e não ficou força em mim; porque se mudou em mim a minha formosura em corrupção, e não retive força alguma”.
Daniel 10:8

Você se lembra de Daniel. Daniel é como uma pessoa perfeita. Quem pode ser comparado a Daniel? Ele era o primeiro ministro do maior império do mundo daquele tempo. Ele administrava tantas coisas, mas seu inimigo não pode encontrar nenhuma falha pela qual acusa-lo. E, contudo em Daniel 10, quando ele viu a glória do Senhor, disse: “Minha beleza se tornou em corrupção”. 

A razão para não sermos pobres de espírito, a razão porque somos soberbos e arrogantes de espírito é porque não vimos ao Senhor. Sempre nos comparamos a outros irmãos e irmãs. Mas uma vez que o Espírito de Deus revela Cristo a você, então sua beleza se torna em corrupção. Você não se jactará mais de sua força ou da sua beleza. Você cairá diante Dele como se estivesse morto. Nosso problema é que vemos a nós mesmos, vemos a outros, mas não vemos a Cristo. Este é o nosso problema. Quem está disposto a abandonar a si mesmo? Quem está disposto a reconhecer que não é nada a menos que veja o Único que é perfeito? 

Precisamos ter uma revelação, a visão de nosso Senhor Jesus. Isto é o que precisamos porque somente isto pode nos humilhar. Mas então quando o Espírito Santo começa a operar, é mais do que apenas revelar a nós a beleza de nosso Senhor; Ele também opera em nós a obra do esvaziamento. Ele começa a nos esvaziar de tudo aquilo que nos orgulhamos, tudo aquilo que consideramos como nossa beleza e nossa força. Ele começa a aplicar a cruz em nossa vida. É um processo doloroso, mas é uma coisa necessária porque abre espaço para sermos cheio com Cristo. Assim a obra da cruz em nossa vida é necessária para abrir espaço para Cristo. Somos cheios de nós mesmos. Somos tão cheios de nossas opiniões. Somos tão cheios de auto pretensão. Tudo isso tem de ir-se. Precisamos ser diminuídos para crescermos, porém o que cresce não é mais nós mesmos; é Cristo. Por isso dizemos que é a obra do Espírito Santo, mas ela precisa de nossa cooperação. Precisamos estar dispostos. Precisamos permitir que o Espírito Santo opere em nossa vida, e se estamos dispostos, Ele o fará.


Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Ele se esvaziou

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando- se obediente até à morte e morte de cruz.”
Filipenses 2:5-8

Você se lembra de Filipenses 2:5-8, em outras palavras, este é o direito do Senhor, e contudo Ele esvaziou a Si mesmo de toda a glória, honra e adoração que são Seu direito. Ele não pode esvaziar Sua deidade porque ela é o que Ele é. Ele é Deus eternamente, mas colocou de lado todas as coisas ligadas à Sua deidade e tomou a forma de um escravo por amor. Isto é um sentimento interior, pobre de espírito. 

“Fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”. “Pobre de espírito”. Só podemos encontrar isso em Cristo Jesus, o Rei dos céus. Poderíamos pensar num Rei cavalgando um cavalo, comandando, demandando, sendo servido, mas o Senhor disse que no reino dos céus é diferente. Ele veio para servir, não para ser servido, e dar Sua vida para o resgate de muitos. “Pobre de espírito”. É ali que podemos encontra-lo. 

Porque este “pobre de espírito” é colocado na primeira bem-aventurança? Certamente, quando você pensa em Deus, provavelmente colocaria o amor primeiro, porque Deus é amor. Mas nas bem-aventuranças, que são concernentes a nós, “pobre de espírito” é a primeira benção. Já que são concernentes a nós, este é o lugar onde elas devem começar. Todas as outras qualidades de Cristo, que devem ser impressas e tornadas nossas, vem depois desta primeira qualidade de ser “pobre de espírito”. Somente quando você é pobre de espírito é que todas as demais bem-aventuranças fluirão. E esta é a razão de ela ser colocada como a primeira bem-aventurança. 

Como podemos fazê-lo, nós que somos naturalmente soberbos, mesmo embora não tendo nada? Isto está além de nós. Não podemos fazê-lo. Isto é a obra de Deus, a obra do Espírito Santo. Quando o Espírito Santo opera o caráter do Rei em nossa vida, o faz de duas formas. Positivamente, Ele revelará a glória e a beleza do Rei a nós. Você não sabe quão pobre você é, até que realmente veja a riqueza. Você não sabe quão feio você é, até que encontre a beleza real. Frequentemente comparamos a nós mesmos com outras pessoas que consideramos como inferiores a nós. Por quê? Por que não nos comparar com pessoas superiores? É por causa da soberba. Uma revelação da beleza do Senhor reduz nossa beleza em cinzas.


Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Pobres de Espírito

“Bem-aventurados os pobres de espírito”. 
Mateus 5:2

Quando você ouve sobre o reino dos céus, ele pode não impressiona-lo como boas notícias de algum modo. Ele parece ser duro, difícil, demandando muito e cheio de condições. Você tem que se esforçar por ele; os violentos o possuem. Isto não soa como um evangelho, uma boa notícia, mas é uma boa notícia. “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o reino dos céus”. A palavra bem-aventurado significa “feliz”. “Felizes os pobres de espírito, pois deles é o reino dos céus”.

Quando você ouve a mensagem, pode dizer: “Bem, não há muita felicidade nisso. Ela tira a sua felicidade. Ela é tão difícil”. Mas esta é a verdadeira felicidade. Você não conhece a verdadeira alegria, a verdadeira felicidade até que seja pobre de espírito. E formos colocados nesta posição de bem-aventurado. Naturalmente, todos somos pessoas pobres. Não pense que você é humilde. Quando as pessoas dizem: “Veja como sou humilde”, você sabe que esta é uma expressão de soberba extraordinária. 

O que é o pecado? Como acontece o pecado? Aquele arcanjo Lúcifer começou a pensar em si mesmo. Ele foi criado por Deus com tanta beleza, tanto talento. Ele foi colocado no lugar mais elevado como um querubim no trono de Deus. Ele era o suposto líder dos anjos, a hoste angelical, para adorar e cantar louvores para Deus. Foi dado a ele grande poder e autoridade, mas ao invés de ser consciente somente de Deus seu Criador, ele começou a olhar para si mesmo. Quão belo! Quão talentoso! Quão poderoso! Que posição! Que autoridade! Ele começou a ser autoconsciente. Quanto mais ele era consciente de si mesmo, mais soberbo e mais ambicioso se tornava. Ele queria ser igual a Deus. É assim que o pecado veio a este mundo. 

E o mesmo aconteceu com a raça humana. Deus criou Adão e Eva na Sua imagem, conforme Sua semelhança para a glória de Deus, para obedecer a Deus, para honrar a Deus, e para guardar Seus mandamentos. Contudo o homem começou a pensar em si mesmo: “Eu quero ser Deus. Eu estou sobre todas as criaturas, mas isso não é suficiente. Eu quero ser Deus”. 

Soberba, autoconsciência, auto importância, auto glória – esta é a raiz dos pecados. Este é o espírito do mundo, do reino deste mundo. Eles respeitam e adoram aqueles que são soberbos e arrogantes, que são carismáticos, que são capazes de projetar a si mesmos sobre outras pessoas, que são ambiciosas, buscando a si mesmos. Estas são as pessoas que o mundo respeita. Este é o espírito do reino deste mundo. É assim que somos. Nascemos com esta soberba. Pensamos em nós mesmos mais do que qualquer outra coisa. 

Se você pensa que é humilde, espere até que alguém diga algo que você pensa não merecer. Porque você pensa que não merece tal crítica? É porque você pensa que é melhor do que aquilo. Não é isso soberba? Porque é que ficamos feridos quando as pessoas nos criticam? Isto é soberba. Ela está em nossa própria constituição; não podemos remedia-la. Mas o reino dos céus é inteiramente diferente. “Bem-aventurados os pobres de espírito”. Não é o arrogante de espírito, não como os laodiceianos que disseram: “Somos ricos, nada nos falta. Temos tudo”. Pobre de espírito é um tal caráter, uma tal peculiaridade que não é terrena. Você não pode encontra-lo sobre a terra. Ele vem do céu. Quando o Rei dos céus visitou esta terra, trouxe este caráter a este mundo.


Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O Sermão do Monte

“Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado.“
Mateus 13:11

O reino dos céus é um termo muito especial na Escritura. É uma seção no reino de Deus, pois o reino de Deus é de eternidade a eternidade. E o reino dos céus é esta seção no reino de Deus que vai desde a primeira vinda de Jesus nosso Senhor, o Rei dos céus, a esta terra, e termina com Sua segunda vinda para estabelecer Seu reino sobre a terra. 

O reino dos céus tem relacionamento especial conosco, os crentes, Seus discípulos, a igreja. Por isso é muito, muito importante que tenhamos um entendimento claro do que é o reino dos céus e quanto ele significa para cada um de nós. Ele governa nossa vida diária como cristãos, e determina nosso destino no futuro. Assim ele tem tudo a ver conosco os crentes. 

Sabemos que o evangelho segundo Mateus é o evangelho do reino. Em Mateus você tem o escopo completo do que é o reino dos céus. Este é um termo especial usado por Mateus, e no livro de Mateus há três máximas concernentes ao reino dos céus. 

Mateus 5-7 é a revelação da natureza, a realidade e a verdade eterna do reino dos céus – o que é realmente o reino dos céus. Em Mateus 13 você tem os mistérios do reino dos céus contados pelo Senhor em parábolas. Ele nos fala do desenvolvimento, a história do reino dos céus como ele é neste mundo. Ele somente é entendido por aqueles que são os discípulos de nosso Senhor Jesus. Ele não pode ser entendido pelo mundo. O mundo olha para o reino dos céus como um mistério; eles não podem entendê-lo. Mas nós, que somos do Senhor, deveremos entender seu desenvolvimento através da história. Mateus 24-25, o assim chamado discurso das oliveiras, é uma profecia que nosso Senhor deu quanto à vinda do reino dos céus para esta terra, a manifestação pública daquele reino. Assim, no evangelho de Mateus você encontra todo o escopo do reino dos céus. 

Em Mateus 5-7, o assim chamado Sermão do Monte, nosso Senhor não está falando para a multidão. A Bíblia diz que a multidão veio a Ele, mas Ele falou aos Seus discípulos. A multidão o ouviu por acaso, porém é aos discípulos para quem nosso Senhor dirigiu este assim chamado Sermão do Monte. 

O Sermão do Monte não é uma nova lei. Moisés deu a lei, e as pessoas dizem que nosso Senhor Jesus deu uma nova lei. De jeito nenhum, porque ninguém pode guardar tais palavras. Nosso Senhor não espera que alguém esteja capacitado para guardar as palavras que Ele falou em Mateus 5-7. Quanto mais você tenta guardar estas palavras, mais você entende que é humanamente impossível. Assim o que é o Sermão do Monte? O Senhor está nos dizendo o que o reino dos céus realmente é, o que Seu reinado realmente é, e como as pessoas que são discipuladas a Ele tomam sobre si o caráter do Rei dos céus. Isto é o que ele é. Em outras palavras, ele é graça; não é lei. Ninguém pode fazê-lo, mas a graça está bem capacitada para nos transformar na semelhança do Rei e, fazendo isso revela o reino dos céus. Isto é Mateus 5-7. 

Mateus 5 nos mostra o produto da Sua graça, o que Sua graça fez em Seu povo. Mateus 6 nos diz o processo – como ele funciona, como pode ser que pessoas como nós podem ser transformadas e se tornarem semelhantes ao que Ele é. E Mateus 7 nos diz como possuí-lo. Em outras palavras, qual é nossa resposta, nossa responsabilidade com a graça de Deus? Não podemos tratar em detalhes, por isso destes três capítulos tomaremos somente um verso para meditarmos juntos. 

Eu procurei pela palavra meditar. A palavra meditar em grego me surpreendeu. Sempre pensei de meditar como uma questão da mente. Usamos nossa mente para meditar. Mas ela me surpreendeu porque a palavra meditar em grego, primeiro de tudo, significa “colocar seu coração nisso, praticá-lo”. Meditação é mais do que uma questão da mente; é uma questão do coração. Esta é a razão pela qual em Salmos 19 é dito: “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração”. Meditação é mais do que usar sua mente; é usar seu coração. Você coloca seu coração sobre ela, e então pondera sobre ela, não com sua mente natural, mas com sua mente renovada. Isto é meditação. 

Nosso Senhor Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o reino dos céus”. A quem pertence o reino dos céus? O que é o reino dos céus, o reino do Rei celestial? Quem são eles? É dito: “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o reino dos céus”. 

As assim chamadas bem-aventuranças realmente são uma imagem do que é o reino dos céus. Estas bem-aventuranças nos relatam o caráter do Rei e que Seu caráter deve caracterizar aqueles que estão em Seu reino.


Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Pela força se apoderam dele

“E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele.”
Mateus 11:12

O reino dos céus agora está aqui, mas quem se apropria dele? Nosso Senhor Jesus disse: “Se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele”. Estas são palavras fortes. Fui a muitas versões diferentes para ver se há alguma palavra mais suave, mais gentil, mais amável, mais fácil, mas infelizmente não pude encontrar. 

Estas versões podem usar palavras diferentes. Algumas dizem: “violência” enquanto outras dizem: “força”. Algumas dizem “esforço”. “Se faz esforço pelo reino dos céus, e pelo esforço se apoderam dele”. Todas estas palavras são palavras fortes – palavras militares, militantes. Tomar o reino, se apoderar dele, forçá-lo, exatamente como você toma uma cidade ou uma fortaleza. Forçá-lo! Colocar toda sua força para se apoderar dele e captura-lo. 

O reino dos céus não será tomado por sentar-se em uma liteira e ser carregado até ele. Esta é a forma de pensar do povo de Deus, mas isso não acontecerá. Ele tem que ser tomado por violência e pela força ser apoderado. Porque é assim? É fácil de ir para o céu? Sim, você não precisa fazer nada. Você está sendo carregado para o céu. Tudo é pela graça. Mesmo quando você tenta fazer alguma coisa, isso pode colocá-lo em perigo. É melhor você não fazer nada além de confiar no Senhor Jesus Cristo. 

O reino dos céus é diferente. Ele tem que ser apoderado; ele tem que ser tomado. Se você não o faz, ele escorrega de você. Por quê? Creio que há duas razões. Uma é positiva. O reino dos céus é tão precioso; ele é um prêmio incomensurável. Ele é um tesouro, e, portanto não é barato. Você tem que pagar um preço para tomá-lo. Nosso Senhor Jesus é tão precioso. Para obtê-Lo, para ganha-Lo, há algo que você tem que fazer. O reino dos céus é tão precioso que você tem que pagar um preço por ele. Não existe evangelho barato ou graça barata. A graça deveria nos encorajar a agarrar a vida eterna. Esta é a atitude que deveríamos ter. 

Não podemos nos dar ao luxo de sermos complacentes. Não podemos nos dar ao luxo de nos encostar e acalmar, como se ele fosse apenas cair sobre nós. Não! Você tem que tomá-lo, apoderá-lo, esforça-lo e pagar um preço por ele porque ele é tão precioso. Você vê a preciosidade do reino dos céus? Você vê a glória de ser como Cristo? Você vê a glória de sofrer com Ele para que possa reinar com Ele? É algo tão glorioso, tão maravilhoso e tão atrativo que estaria você disposto a pagar qualquer preço para ganha-lo? Este é o reino dos céus. 

Negativamente, o reino dos céus é muito diferente do reino deste mundo. Tudo é diferente – governo diferente, lei diferente, significado diferente, critério diferente, padrão diferente; tudo é diferente. E porque tudo é diferente da terra, há oposição, resistência e perseguição. Há muita oposição que você precisa vencer – não somente as tentações do mundo, mas acima de tudo você precisa vencer seu ego porque seu ego é muito egoísta, mundano e carnal. Nosso pensamento, nossa emoção, nossa opinião – tudo está contaminado pela terra, pecado e carne. Todos estes são opostos ao reino dos céus. E estas oposições precisam ser vencidas. Esta é a razão pela qual nosso Senhor Jesus disse: “A menos que você negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-Me, você não é digno de ser Meu discípulo”. 

O reino dos céus não é para os covardes. É para aqueles que têm um coração de leão. Na Bíblia você encontra que mais de uma vez é dito: “Seja forte no Senhor e na força do Seu poder”. Seja corajoso, seja um homem. Não é para fracos. 

Por estas duas razões o reino dos céus tem que ser tomado por violência. Mas a violência aqui é uma violência celestial, não uma violência terrena. Temos visto violência suficiente na terra – violência para com outras pessoas e benevolência para consigo mesmo. Mas esta violência celestial é ser violento contra si mesmo e benevolente para com outros. 

Nossa vida cristã é muito fácil. Nós não nos aplicamos. Não somos diligentes. Não pagamos nenhum preço. E você pensa que podemos entrar no reino quando ele publicamente se manifestar na segunda vinda de nosso Senhor Jesus? Você pensa que estamos qualificados para governar com Cristo por mil anos? 

A verdade é custosa. Não é fácil. Se pressionarmos estaremos em glória quando Ele voltar. Se não, quando Seu reino for publicamente manifestado, seremos lançados nas trevas exteriores, como diz a Bíblia. Muito embora sejamos salvos, seremos meramente salvos. 

Por isso precisamos ser advertidos. O tempo está próximo, mas ainda temos uma chance. Renda sua vida ao Senhor. Deixe-O ter governo absoluto sobre você, e descobrirá que existem muitas lições que você precisa aprender. Você será humilhado e rebaixado imensamente, mas graças a Deus, se nos humilhamos sob a potente mão de Deus, no tempo certo Ele nos exaltará. Por isso sejamos encorajados ao invés de desanimados. 


Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Desde os dias de João..até agora

“Desde os dias de João o batista até agora...”. 
Mateus 11:12

O agora chegou. “O reino dos céus é tomado a força, e pela força se apoderam dele”. Durante aquele tempo muito particular, houve uma mudança. O reino dos céus estava apenas próximo, mas o reino dos céus agora está aqui. Por quê? Naquele tempo o Senhor já tinha Seus discípulos. O que significa ser Seu discípulo? O que significa ser discípulo de Cristo? Ser discípulo de Cristo significa que você tem que se colocar completamente sob o Seu governo. Você permite que Ele o mude. Você permite que Ele o transforme. Você permite que Ele deixe Seu caráter ser impresso e implantado em você. Isso é discipulado. 

Antigamente os discípulos eram diferentes dos estudantes de hoje. Os estudantes de hoje vão à escola para aprender do professor. Eles ouvem as leituras e tentam absorver tudo o que o professor sabe; e isso é tudo. Eles não aprendem do professor sua vida, seu modo ou seu caráter. Isso não importa. Tudo é impessoal. Mas nos tempos antigos um discípulo era diferente. Se você quisesse aprender uma profissão, você tinha que deixar seu lar e viver com seu mestre. Você se tornava alguém da família do mestre. Você vivia ali. Durante o primeiro ano, ele não poderia nem ao menos falar com você sobre a profissão. Você faria coisas diferentes na família – esfregar o chão, ajudar com as crianças, ou servir o mestre como um escravo, como um servo. Gradualmente, ele poderia permitir que você tocasse nas ferramentas e contaria alguns segredos. Mas através dos anos você aprenderia mais do que uma profissão; você aprenderia ao seu mestre. Você começaria a falar como ele, pensaria como ele, andaria como ele. Você começaria a assumir sua maneira. Você não aprenderia apenas sua habilidade mas também sua vida. Isto é discipulado. 

Aqui você encontra que nosso Senhor Jesus chamou alguns para serem Seus discípulos. Ele chamou Pedro, André, João, Filipe, Natanael e Mateus. Eles começaram a deixar todas as coisas para ficarem com Ele e aprenderem Dele. Por isso Ele já tinha Seu reino. Ele tinha pessoas completamente sob Ele. 

O agora começou naquele momento e continua até hoje. Ainda estamos no agora. O reino dos céus está aqui agora. Ele não pode ser visto a olho nu. Onde quer que haja pessoas que se coloque sob o governo absoluto do Rei dos céus, o céu começa a aparecer em suas vidas. 

Graças a Deus, quando cremos no Senhor Jesus, é mais do que um perdão pessoal. Algo mais foi feito quando fomos salvos. Quando nós a princípio cremos no Senhor Jesus, não sabemos muito. Nós o conhecemos somente como nosso Salvador. Não O conhecemos como nosso Rei, e contudo Deus já havia feito algo em nós. 

Em Colossenses 1:13 é dito: “Ele nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor”. O que é o reino do Filho do amor de Deus? É o reino dos céus, porque o Filho do amor de Deus veio dos céus. Ele trouxe o céu para a terra e Ele irá estabelecer Seu reino na terra. Assim estamos todos posicionalmente no reino dos céus. 

O reino dos céus nos recebeu, mas recebemos nós o reino? Posicionalmente, estamos todos no reino dos céus, mas condicionalmente, experimentalmente, realmente estamos vivendo sob o governo do céu? Estamos nós ainda vivendo nossa vida velha? Estamos nós ainda seguindo o caminho do mundo? Realmente andamos num caminho celestial? Somos pessoas celestiais na terra, mas andamos nós numa vida celestial? Quem é nosso rei? Quem está governando nossa vida? Qual caráter esta sendo edificado em nós e manifestado através de nós? Estas são questões sobre as quais deveríamos meditar. 


Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Os Mistérios do Reino dos Céus

“Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus”
Mateus 13:11

O que significa o reino dos céus? Em nossa meditação, esta é a primeira coisa que precisamos considerar. Ele é diferente do reino de Deus? Ou é a mesma coisa? Se for a mesma coisa, porque usa algo diferente? Mencionamos antes que reino em um sentido estrito, no sentido da Escritura, basicamente significa “reinado”. Em outras palavras, é o governo do Rei, não em um sentido exterior, mas mais em um sentido interior. Isto é, todos os que estão sob Seu reinado, sob Seu governo, vivem para assumir o caráter do Rei. Por isso o reino é a expressão corporativa do próprio Rei. Ele expressa Sua natureza e Seu caráter em um povo, e este povo é como Ele. Isto é o reino. Assim o reino de Deus significa aquelas pessoas que estão sob Seu governo. Eles assumem o caráter do Deus. Eles são como Deus. Deus é capaz de expressar a Si mesmo através deste povo, por isso eles são Seu reino. 

O que significa reino dos céus? Significa que o céu governa sobre estas pessoas. Estas pessoas estão de baixo do governo dos céus e o serem do céu deve ser manifesto em suas vidas. Eles vivem uma vida celestial na terra. Então eles estão no reino dos céus. Agora, o reino dos céus e o reino de Deus são paralelos neste momento, mas não todo o tempo. O reino de Deus é de eternidade a eternidade, porque mesmo no sentido mais estrito de eternidade a eternidade não há falta de pessoas ou anjos que se coloquem completamente sob o governo de Deus apesar da rebelião. Assim o reino de Deus é de eternidade a eternidade. Mas o reino dos céus é uma parte no reino de Deus, e neste período os termos são intercambiáveis, de acordo com a Palavra de Deus. Exceto para este período de tempo na eternidade, o reino de Deus é maior do que o reino dos céus.

Colocando isso de maneira muito simples, o reino dos céus começou com a primeira vinda de nosso Senhor Jesus. Ele que estava no céu agora veio para a terra. Ele trouxe o céu para cá para estabelecer Seu reino sobre a terra. Por isso o reino dos céus começou com a primeira vinda de nosso Senhor Jesus, e terminará com Sua segunda vinda, quando Ele virá e estabelecerá Seu reino sobre a terra. O reino milenar é o reino dos céus em manifestação. Assim para torná-lo simples apenas guarde em mente que o reino dos céus é esta seção no reino de Deus que começa com a primeira vinda de Cristo e termina com Sua segunda vinda [no final do reino Milenar].


Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

...Glorifico ao Rei do Céu...

“Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras...”
Daniel 4:37

Gostaria de fazer uma pergunta. Deus não é Deus dos céus e da terra? Se Ele é Deus dos céus e da terra, então qual é a necessidade de especialmente mencionar o reino dos céus? Vocês se lembram da história dos filhos de Israel no cativeiro da Babilônia. Durante aquele período a Bíblia fala de Deus como o Deus dos céus, mas Ele não é mencionado como o Deus dos céus e da terra. Por quê? Porque durante aquele período Ele não tinha representação na terra. Os filhos de Israel, que supostamente deveriam representar Deus na terra, estavam cativos. Eles caíram em seu testemunho. Tanto quanto se entendia era como se Deus tivesse se retirado para o céu e não estivesse mais na terra. Ele não tinha nome sobre a terra porque Jerusalém foi destruída. O lugar que Ele colocou Seu nome foi destruído. Por isso naquele período, Ele era sempre mencionado como o Deus dos céus, e nunca como Deus da terra, embora Ele o fosse. 

Depois dos remanescentes voltarem, eles reconstruíram o templo. Contudo muito prontamente eles se degeneram e se apartaram de Deus. Exteriormente, eles ainda mantinham uma aparência. Eles reconstruíram o templo, e o sacerdócio estava servindo. A lei de Deus estava no meio deles, e eles até mesmo tinham os fariseus e escribas que se especializaram na letra da lei. Mas com respeito a situação espiritual deles, tinham se separado de Deus.

Por isso você se lembra, no último livro do Velho Testamento, o livro de Malaquias, Deus teve uma controvérsia com Seu povo. Seu povo estava cego e em trevas. Estavam insensíveis para o amor de Deus. Eles poluíram Sua mesa e desprezaram Seu nome. Eles violaram Sua aliança. Eles até mesmo roubaram de Deus Seu dízimo. Esta era a situação dos filhos de Israel – assim chamados o povo de Deus na terra – que teriam que representar a Deus na terra. Mas que fracasso! E a última Palavra de Deus para Seu povo foi: “Tornai vós para Mim, e Eu tornarei para vós”.

Depois de Deus dizer estas palavras, ficou em silêncio por quatrocentos anos. Não havia palavra do céu para terra. Mas depois de quatrocentos anos, repentinamente Deus falou outra vez. João o Batista começou a proclamar a Palavra de Deus no deserto. O povo afluiu para o deserto para ouvi-lo, e sua mensagem era: “Arrependei-vos, pois o reino dos céus está próximo”. Os filhos de Israel precisavam se arrepender, voltar atrás – não apenas uma pequena correção mas um absoluto voltar atrás – porque a direção dele era errada. Eles estavam indo na direção errada e precisavam virar para trás e tornar para Deus. Então Deus se tornaria a eles. 

Mas Deus deu a eles uma nova razão para se arrependerem. A razão para se arrependerem é que o reino dos céus está próximo. Em outras palavras, é como se Deus dissesse: “Vós podeis ir em frente com seu velho caminho se quiserem, mas lembrem-se, o tempo mudou. O reino dos céus está próximo. Se vós não arrependerdes e tornardes para trás, vós não tereis nenhuma parte no reino dos céus”. Assim vocês veem que este arrependimento é baseado no reino dos céus. 

Certamente sabemos o que é arrependimento e que precisamos nos arrepender do que fizemos de errado. Mas aqui você encontra a necessidade de se arrepender por causa de algo bom, algo excelente, algo perfeito que está vindo. Esta é uma nova razão para se arrepender. Não pense que você é bom o suficiente. Você precisa se arrepender porque quando o reino dos céus vem, sua bondade não é suficientemente boa para entrar nele. Você precisa mudar completamente sua direção, mudar seu coração, circuncidar seu coração, voltar-se para Deus e então haverá esperança para você. Assim, aqui você encontra o termo o reino dos céus.


Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Pela Força se Apoderam dele...

“E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele.”
Mateus 11:12

Gostaria de lembrar que o evangelho de Jesus Cristo é somente um evangelho. Não há nenhum outro evangelho. O apóstolo Paulo tornou isso muito enfático em Gálatas: “Se alguém pregar outro evangelho [de outro tipo] que seja anátema”, porque há somente uma boa nova e esta boa nova é o próprio nosso Senhor Jesus. 

Mas nosso Senhor Jesus é tão pleno e rico. Por isso, no Novo Testamento encontramos o evangelho de acordo com Mateus, o evangelho segundo Marcos, o evangelho segundo Lucas e o evangelho segundo João. Isso não significa que temos quatro evangelhos. Há somente um evangelho. É o evangelho de Jesus Cristo. Mas nosso Senhor Jesus é tão rico que você precisa olhá-Lo de direções diferentes. Assim no evangelho de Mateus Ele é descrito como Rei, em Marcos como Servo, em Lucas como um Homem perfeito e em João como Deus perfeito.

Quando você olha para a natureza do evangelho de Jesus Cristo, você descobre que ele tem um número de diferentes facetas, o evangelho de Mateus revela o reino de Deus. O evangelho de Marcos nos mostra a servidão, como devemos servir como servos de Deus. O evangelho de Lucas nos mostra, como a graça de Deus através do nosso Senhor Jesus chegou até nós. E o evangelho de João nos mostra vida, a vida eterna de Deus através de nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso o evangelho do reino não é outro evangelho de outro reino; é outro do mesmo reino – o evangelho de Jesus Cristo. 

A maioria dos crentes está familiarizada com o evangelho de Lucas. Conhecemos Cristo Jesus como nosso Salvador. Recebemos a remissão dos nossos pecados. É a graça que veio de nosso Senhor Jesus. Mas infelizmente muitos do povo de Deus não conhecem o evangelho do reino, que nosso Senhor Jesus é mais do que o Salvador para nós; Ele é nosso Rei. Qual é o significado de nosso Senhor Jesus ser nosso Rei? Como é que estamos no reino de Deus? Esta é a razão pela qual precisamos meditar mais sobre o evangelho do reino. 

Quero que você se junte a mim na meditação nos concentrando em apenas um verso, Mateus 11:12: “E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele”. O reino de Deus está em todo lugar onde Deus governa e reina. Por essa razão o Seu reino é de eternidade a eternidade. Mas estritamente falando, o reino de Deus são aqueles que se colocam sob o governo de Deus. Em outras palavras, Deus governa sobre todos, mas algumas pessoas são rebeldes. Aqueles que são obedientes, que são submissos, que se rendem e se colocam sob o governo de Deus estão verdadeiramente no reino de Deus. 

Aqui você encontra que a Escritura nos dá um novo termo: o evangelho do reino dos céus. Em toda a Bíblia provavelmente você encontrará apenas dois lugares que são próximos dele. Um é em Daniel 4:26: “o céu reina”. Este é o reino dos céus. O outro único lugar no Novo Testamento, fora Mateus, é 2 Timóteo 4:18. O apostolo Paulo disse: “Deus me livrará de todo mal e me preservará para o reino dos céus”. Estes são os dois únicos lugares que são próximos a este termo: o reino dos céus. O reino dos céus é um termo usado exclusivamente por Mateus, e você o encontra muitas vezes em seu evangelho. Algumas pessoas dizem que são trinta e duas vezes e outras dizem trinta e três vezes, mas é um termo usado principalmente por Mateus.

Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

terça-feira, 15 de setembro de 2015

O Teu reino é Eterno

“O Teu reino é um reino eterno; o Teu domínio dura por todas as gerações”. 
Salmos 145:13

Primeiro, o reino de Deus é eterno e perpétuo, conforme citado no texto do Salmo 145, versículo 13. Em 2 Pedro 1:11 é dito: “Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. Todas as coisas nesta terra são temporárias. Não importa quão preciosas sejam as coisas, elas passarão. Somente o reino de Deus é eterno. Por isso não busque as coisas que passam. Busque as coisas que permanecerão para sempre. Todas as coisas que você possui neste mundo passarão. Você não é capaz de leva-las com você. Quando as pessoas são sepultadas, mesmo quando elas sepultam seus tesouros com elas, não podem desfrutar deles. Elas se foram. Nus viemos e nus iremos, mas aquilo que é o reino de Deus permanece para sempre. 

O reino de Deus também é espiritual. Ele é diferente deste mundo. Todas as coisas neste mundo são físicas e terrenas, mas o reino de Deus é espiritual. Em Romanos 14:17 é dito: “Porque o reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo”. Ele é diferente do reino deste mundo. As marcas do reino deste mundo são comida e bebida porque ele não têm nada mais. Isto é tudo o que têm. Mas o reino de Deus não é comida e bebida, é justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Em outras palavras, o reino de Deus é espiritual. Ele é justiça, o que é certo na visão de Deus. É paz. O que é paz? Este mundo não tem paz, porque o deus deste mundo de hoje é um assassino. Não há paz. A paz vem somente de Deus. Nosso Senhor Jesus disse: “Dou-lhes a Minha paz, deixo-lhes a Minha paz”. É a alegria do Espírito Santo. Se você olhar para este mundo, poderá encontrar pessoas rindo, mas isso é pretensão, não é verdade. A alegria é do Espírito Santo. Quando o Espírito de Deus em você está alegre, você está feliz, você está contente. Esta é a alegria no Espírito Santo. Agora, você tem alegria no Espírito Santo? Em outras palavras, o Espírito Santo se alegra com você porque você O ouve, você O obedece, você coopera com Ele? Quando você faz isso, isso é alegria indizível. Isso é alegria real. Então você está no reino de Deus.

O reino de Deus é interno. Não é algo exterior. Em Lucas 17:20-21 é dito que nosso Senhor, tendo sido questionado pelos fariseus quando o reino de Deus viria, respondeu e disse: “O reino de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de Deus está dentro de vós”.
Existem duas traduções diferentes. Uma diz: “O reino de Deus está no meio de vós”. Cristo estava no meio deles. Ele é o reino de Deus. Se você tem Cristo, se você assume o caráter de Cristo, você tem o reino. Outra tradução diz: “O reino de Deus está dentro de vós”. Não é algo externo, é algo interno, em seu espírito. Hoje, o reino de Deus não pode ser observado a olho nu. Mas isso não significa que não está ali. Ele está ali. Em qualquer lugar que Cristo está, há o reino de Deus. E o Cristo em você e o Cristo em mim é o reino de Deus. 

Então, como em 1 Coríntios 4:20 diz: “O reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder”. Em outras palavras, não é o que você diz, mas o que você experimenta do poder de Deus em sua vida. Você pode saber uma porção de ensinamentos do reino de Deus, mas isso não é o reino de Deus. Isso são apenas ensinamentos. O reino real de Deus é poder – o poder que transforma você, o liberta deste mundo, e vence este mundo. 

Finalmente, o reino de Deus é amor. Deus nos trasladou, nos transferiu do reino das trevas, do poder das trevas, para o reino do Filho do Seu amor (ver Colossenses 1:13). Se nós realmente somos constrangidos pelo amor de Cristo, estamos no reino.

Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Está próximo o Reino dos Céus

”Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.”
Mateus 4:16

Quando nosso Senhor estava na terra, qual era Sua mensagem? “Arrependam-se porque o reino de Deus está próximo”. Mesmo depois Dele ressuscitar, durante aqueles quarenta dias quando apareceu aos Seus discípulos, o que Ele ensinou? Ele os ensinou sobre as coisas do reino de Deus. O que os apóstolos proclamaram? Os apóstolos proclamaram a mensagem do reino de Deus. No dia de Pentecostes, Pedro se levantou e disse: “Este Homem Jesus quem vós crucificastes, Deus O fez Senhor e Cristo”. Isto é o reino!

No fim do livro de Atos, durante os dois anos do aprisionamento de Paulo, ele pregou o reino de Deus e ensinou as coisas concernentes ao nosso Senhor Jesus. Esta é a mensagem da igreja. Mas hoje esta mensagem está perdida. O melhor que você pode ouvir é o evangelho da graça. Tudo é graça, perdão dos nossos pecados, ir para o céu. Tudo é graça, graça, graça. Nós nem ao menos ouvimos que há um reino de Deus, e que estamos neste reino. Não nos é dito sobre as coisas deste reino ou como podemos viver neste reino. Quando o reino de Deus vier sobre esta terra, onde estaremos? Esta é uma mensagem perdida, e esta é a razão do porque o povo de Deus hoje está tão fraco espiritualmente. Você está no reino de Deus porque você nasceu do alto. Mas você vive neste reino?

O que é reino? A própria palavra reino é grega, primeiro de tudo, é um substantivo abstrato. Ela significa “governo soberano, domínio, reinado”. Segundo, ela é um substantivo concreto. Ela significa “pessoas, população, território sobre o qual o rei governa”. De acordo com o conceito Escritural, reino é basicamente “reinado”, isto é, o reino de Deus é nada mais do que a expressão do próprio Deus. Que Deus Ele é! Seu próprio caráter caracteriza Seu reino. Ou colocando de outra maneira, cada um que está neste reino, cada um que está sob Seu governo, cada um que O obedece será transformado e tomará o caráter de Deus, o próprio Rei. Isto é o reino; isto é o reino de Deus. Todos os que estão no reino de Deus devem estar sob o governo de Deus, e se você está sob o governo de Deus, você será mudado. Você será transformado. Você tomará o caráter do seu Rei, provando deste modo que você é um verdadeiro filho do reino.

Seu reino é um reino eterno, mas infelizmente houve rebelião, não somente nas hostes celestiais, mas também entre os homens na terra. Em outras palavras, o reino de Deus se estende sobre tudo. Tudo está sob Ele. Este é o sentido geral do reino de Deus. Mesmo Satanás e os homens rebeldes não estão fora de Seu controle porque Seu reino se estende sobre todos. Mas estritamente falando, o reino de Deus fala daqueles que se colocaram sob Seu governo, que O obedecem, que permitem a Ele operar o caráter do reino em suas vidas. Estas pessoas são realmente os filhos do reino de Deus. Agora, estamos nós ali?

Para que possamos viver no reino na realidade, penso que precisamos entender o que é o reino de Deus. Muitas vezes pensamos que o reino de Deus é um termo histórico. Em outras palavras, um dia o reino de Deus virá sobre a terra. No livro de Apocalipse encontramos que um dia o reino deste mundo se tornará o reino de nosso Senhor e Seu Cristo. Graças a Deus por isso. O reino está vindo. Mas é mais do que histórico. O reino de Deus é espiritual. Em outras palavras, ele já veio, é aqui e agora, e ele virá. A menos que estejamos realmente vivendo no reino de Deus hoje em realidade, quando o reino de Deus aparecer sobre esta terra, seremos excluídos. A Bíblia diz que iremos ranger nossos dentes nas trevas, nos arrependendo por termos perdido a nossa oportunidade. Isto não significa que perdemos nossa salvação. Na eternidade, sim, estaremos lá, mas durante a era do reino não estaremos lá. Tudo depende se vivemos no reino de Deus hoje como cidadãos obedientes do reino. 


Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung


sábado, 12 de setembro de 2015

Mensagem aos Leitores

Queridos Irmãos,

Faz algum tempo temos sentido o encargo de buscar entender mais a respeito do Reino dos Céus. Em Lucas 17:20-37, o Senhor Jesus falou sobre o reino de Deus. No versículo 21 Ele disse que esse reino está dentro de nós. Glória a Deus, que nos atraiu um dia para Ele, e a Sua vida veio habitar dentro de nós, pela graça, não por nossos merecimentos ou obra. “Estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo... Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:5,8e9).

Desta forma maravilhosa, a salvação da perdição eterna nos foi concedida, a vida eterna nos foi garantida. “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10:28). Hoje temos conhecido o nosso Rei. Aleluia! E o Seu reino é de eternidade a eternidade.

Mas, sabemos que um dia, esse Reino se manifestará ao mundo. Durante mil anos o Seu reino será visto e manifestado a todos. Todos conhecerão o verdadeiro Rei, vestido de glória e majestade, reinando sobre as nações. “...Seu nome se chama o Verbo de Deus... Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro” (Ap 19:13-14).

Nós, que somos os Seus filhos, podemos ou não participar deste reino manifestado. Não se trata aqui da nossa salvação eterna, porque esta já nos foi garantida, como mencionamos antes, mas participar deste reino depende de algumas condições. Jesus disse aos seus discípulos: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt 18:13).

Em outro momento Ele disse: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade” (Mt 7:21-23).

A palavra para “conheci”, utilizada por Jesus no versículo 23 é “ginosko”, que é a mesma palavra utilizada em Mateus 1:25, quando nos é dito que José não “conheceu” Maria antes dela dar a luz à Jesus. Então, o que Jesus está falando aqui em Mateus 7 é que nem todos os seus filhos, que O chamam de Senhor, que fazem maravilhas e prodígios pelo poder do Seu nome, tem de fato intimidade com Ele (conhecem o Senhor). Somente esses que conhecem intimamente ao Senhor, estão habilitados a participar, a entrar no reino dos céus.

Em Apocalipse lemos ainda: “Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro; assim como também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã” (Ap 2:26). “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono...” (Ap 3:21).

Com esse encargo, a partir do dia 09/09/2015, começamos a publicar em nosso blog (www.participantedecristo.blogspot.com.br), bem como encaminhar em nosso devocional via e-mail, textos de irmãos preciosos e maduros, a respeito deste tema, a fim de contribuir para a edificação e aperfeiçoamento de Sua Igreja. As publicações sobre esse tema deverão acontecer até o dia 10/11/2015 e deverão manter uma sequencia e progressividade, partindo da base, até aprofundarmos um pouco mais no assunto. Portanto, quem não conseguiu ler os posts anteriores, seria interessante voltar no blog à data de 09/09/2015, seguindo assim a sequencia das publicações diárias. 

Consideramos que este tema, que vem sendo negligenciado pela Igreja, é de suma importância e urgência nesses dias em que entendemos serem os últimos. Desejamos do fundo do nosso coração que esses posts, com textos tão preciosos de irmãos que dedicaram sua vida para conhecer a Palavra do Senhor, possam nos ajudar a entender um pouco mais sobre esse assunto e principalmente que sejam instrumentos para atrair nossos olhos para o Amado da nossa Alma, o nosso querido Senhor Jesus Cristo. E então, “Todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (II Co 3:18).

Deus abençoe a cada um.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Vosso Pai Celeste sabe...

“Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas” 
Mateus 6:31,21

Esta estratégia do inimigo não mudou. Olhe para o povo de Deus hoje. Onde eles estão? Como eles usam seu tempo? Para onde vai a energia e os pensamentos deles? O que ocupa toda suas vidas? Especialmente quando nos aproximamos aos dias finais, a pressão do inimigo incrementará. E poderemos viver sob tais condições? Estamos satisfeitos com nossa vida cristã? Onde passamos todo nosso tempo? Não temos tempo para as coisas de Deus. Nossa prioridade está errada. Nosso Senhor Jesus disse que nós que somos cidadãos do reino de Deus devemos buscar primeiro o reino de Deus, e então todas as demais coisas nos serão adicionadas. Você crê nisso? Isso é verdade?

Os gentios precisam cuidar de todas estas coisas. Mas nosso Senhor Jesus disse: “Seu Pai celestial sabe. Olhe para as aves do céu. Olhe para os lírios do campo. Quanto mais preciosos sois vós aos olhos de Deus. Não tomaria Ele cuidado de vós se buscares primeiro o Seu reino e Sua justiça?” Qual é o resultado se buscamos estas coisas do mundo primeiro e então, se temos tempo e energia, buscamos o reino de Deus? Se vivermos como pessoas deste mundo, todas as demais coisas nunca nos satisfarão. As pessoas buscam todas estas coisas – comer, beber e se vestir. Quanto mais você busca mais você quer. Você nunca estará contente com as coisas que você tem, e ao mesmo tempo, você perderá o reino. Isso vale a pena? Não é tempo de despertarmos?

Qual é sua prioridade – o reino de Deus ou as coisas deste mundo? Muitas vezes estamos ocupados com as coisas deste mundo, as consideramos importantes, as consideramos um “dever”. Devemos fazê-las. Isso é algo que temos que fazer, mas as coisas de Deus podem ser postas de lado. Elas não são tão urgentes, não são tão reais, as coisas deste mundo são reais. Mas irmãos e irmãs, o que é real? Onde nós estamos? Estamos tão ocupados com as coisas deste mundo. Sabemos muito sobre as coisas deste mundo, mas quanto sabemos sobre o reino de Deus? Estamos no mundo, sim, mas não somos do mundo.

Pense em Abraão. Deus o chamou para fora deste mundo. Pela fé ele viveu na terra prometida, mas viveu em tendas toda sua vida. Ele era um estrangeiro e um viajante neste mundo. Somos peregrinos neste mundo? Se formos estrangeiros, então seremos peregrinos.

Olhe para Ló. Ele viveu no mundo justamente como Abraão, mas quão dificilmente ele vivia. Ele se tornou um habitante neste mundo. Ele mudou sua tenda para Sodoma e viveu em Sodoma. Muito embora sua alma justa o incomodasse, ainda assim ele permanecia em Sodoma. Mesmo quando os anjos vieram para o libertar, ele hesitou, e sua mulher olhou para trás e se tornou uma estátua de sal. A Bíblia diz: “Lembre-se da mulher de Ló”. (Lucas 17:32). Nós nos lembramos?

Como deveríamos viver nesta terra? Esta é uma questão prática. Creio que isso afeta cada um de nós. Precisamos viver, comer, beber, nos vestir, e cuidar da nossa família. Mas qual é a primeira coisa para nós? Vamos responder esta pergunta diante de Deus. Pense sobre isso. Quem é o primeiro? O que é primeiro? Deus é o primeiro em nossa vida? O reino de Deus é a primeira coisa em nossa busca? Isso é verdade? Se esse for o caso então nosso Senhor diz: “Todas as demais coisas serão acrescentadas”.


Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Não Ameis o Mundo...

“Não ameis o mundo, nem as coisas que há no mundo.”
1 João 2:15

Nosso Senhor Jesus usou uma parábola sobre o homem rico que tinha tanto que não sabia o que fazer com sua abundância e disse: “Eu sei o que farei. Demolirei meus celeiros e construirei um bem grande e colocarei meus grãos nele. Então direi a minha alma: Alma, não precisas te preocupares mais. Tu tens abundância para comer”. E nosso Senhor disse: “Esta noite pedirei tua alma”. O que acontece com todas aquelas coisas que você acumulou? “Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade”.

As coisas deste mundo são temporárias. O que são as coisas deste mundo? Em 1 João 2 é dito: “Não ameis o mundo, nem as coisas deste mundo”. A concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida são as coisas que passam. E se buscamos estas coisas, se colocamos nosso tempo, nossa vida, nossa energia, nosso todo em buscar estas coisas, lembre-se, isso é como perseguir o vento ou tentar capturar nossa sombra. Elas cedo passam. É por isso que o mais sábio dos homens, Salomão, disse: “Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade”. Mas você diz: “Temos que viver. Se não buscamos estas coisas, elas não cairão do céu. quem cuidará de nós? Temos que pensar em nossa segurança. Temos que dar nosso tempo ao mundo”. Não sabemos que esta é a estratégia do inimigo.

Quando os filhos de Israel estavam no Egito sob o trabalho duro, clamaram ao Senhor, e o Senhor enviou Moisés para libertá-los. Mas quando Moisés enfrentou a faraó e disse: “Deus disse: Deixe meu povo ir para que possa Me servir”, faraó disse: “Este povo tem muito tempo para pensar sobre coisas espirituais, coisas religiosas. Incrementem o seu duro trabalho. Que eles trabalhem até a morte, para que não tenham tempo para pensar nas coisas espirituais. Todo o tempo deles estará ocupado com seus estômagos. Seus estômagos se tornarão seu deus e nada mais”.


Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Buscai primeiro o Reino de Deus

Mas buscai primeiro o seu reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” 
Mateus 6:33

O que são “as demais coisas”? Se você lê os versos precedentes, as demais coisas estão relacionadas às coisas desta vida, nossa vida biológica. As demais coisas são as coisas deste mundo – o que comeremos, o que beberemos com o que nos vestiremos. Comer, beber e se vestir são as necessidades desta vida. Vivemos neste mundo, por isso precisamos comer, precisamos beber, precisamos nos vestir para poder viver. Infelizmente estas coisas podem se tornar nossa prioridade. Em outras palavras, buscamos primeiro estas coisas, e então se temos tempo ou energia, buscaremos o reino de Deus. Revertemos a prioridade que o nosso Senhor estabelece para nós. Isso é normal para as pessoas do mundo, porque elas não têm o Pai celestial. Portanto, precisam ajudar a si mesmas. Elas precisam cuidar de suas vidas para viver. Elas se preocupam, elas buscam, elas são cuidadosos sobre estas coisas porque ninguém cuidará delas. Elas têm que cuidar de si mesmas – o que comerão, o que beberão, o que vestirão. Esta é a vida delas. É por isto que elas vivem. Este é o propósito delas para a vida, nada mais. Elas são conscientes disso; elas são ansiosas por isso; elas buscam por isso; e elas dão suas vidas por isso. Isto é certo apenas para os gentios. Nosso Senhor Jesus Mesmo disse: “Estas coisas os gentios procuram”.

Mas quem somos nós? Nós que cremos no Senhor Jesus, nós que nascemos de cima fomos transportados do reino deste mundo para o reino do Filho do Seu amor. Em outras palavras, nossa cidadania está no céu. Somos um povo celestial, mas vivemos na terra. Vivemos, por assim dizer, em dois reinos. Por um lado, vivemos no reino de Deus. Como sabemos? Vocês se lembram que nosso Senhor Jesus em Sua conversação com Nicodemos disse: “Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. Aquele que é nascido do Espíritoespírito”.

Por isso somos nascidos do Espírito. fomos transferidos da terra para o céu. Temos uma nova vida e estamos sob um novo governo. Por um lado, pertencemos ao reino de Deus, onde nossa cidadania e nossa lealdade se encontram. Contudo por outro lado, ainda estamos na terra. Como podemos viver sobre esta terra como filhos do reino do céu? Penso que este é um problema muito pratico. Todos nós estamos envolvidos nisso, e temos que encontrar uma forma para viver como povo celestial nesta terra. Qual deve ser nossa prioridade? Como devemos viver? Devemos viver como pessoas deste mundo, buscando todas as demais coisas – comer, beber, se vestir, e segurança para esta vida, ajuntando tesouro nesta terra para estar seguro que temos o suficiente?


Extraído do livro “Meditações sobre o Reino” – Stephen Kaung