quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Fé é a Vitória que Vence

Fé é a vitória que vence e “fé é a convicção da realidade das coisas que se não veem”.

Se isto é verdade, então o segredo da vitória é a capacidade e a persistência deliberada em olhar - não as coisas que se veem - mas as que “se não veem”. Isto tem sempre sido provado na história e experiência do povo de Deus. Paralisia, derrota, desastre, tem sido sempre consequências do juízo sob a visão dos olhos (os olhos dos sentidos naturais). A vitória tem sempre acontecido, mais cedo ou mais tarde, àquele que tem confiança e discernimento dos recursos Divinos e realidades por trás das coisas.

Muitas vezes, esta dupla questão sobre este único principio, é vista no registro bíblico da experiência do homem. Muitas vezes libertação acontecia porque era concedida a alguém ascendência espiritual e moral, porque em suas caminhadas íntimas com Deus, os olhos interiores recusaram a tirania dos olhos exteriores e entregaram-se a um espontâneo “NÃO OLHAR”! Quantas vezes o efeito triunfante da admoestação Divina era negativamente “NÃO PARA AS COISAS QUE SE VEEM”, e positivamente “MAS PARA AS QUE SE NÃO VEEM”. E quando “as coisas visíveis” eram ocultas para a purificação da fé, a soma total de todas as coisas se resumia “NAQUELE que é invisível”.

Portanto, quando um mar profundo está à frente, um faraó tremendamente endurecido e enfurecido com suas hostes persegue ferozmente, cumes inegociáveis levantam-se de cada lado – uma situação humanamente impossível – a atitude salvadora é “Não para as coisas que se veem, MAS”, e que grande “mas!”

Uma terra de promessa, de cumprimento, de realização, a entrada no propósito de uma longa e dolorosa preparação encontra-se imediatamente adiante. Mas, como é muitas vezes o caso, existe um grande desafio final para a espiritualidade ante a carnalidade, que determina entre um êxodo e um eisodus (entrada). Dificuldades gigantescas são demonstradas diante dos sentidos, e Deus espera no escuro invisível.


Novamente a questão de ir e entrar, ou voltar e sair depende de uma capacidade para apreender o Supremo Recurso, e a exortação é novamente ouvida - “NÃO PARA AS COISAS QUE SE VEEM”.


Extraído do texto “O Visível e o Invisível” – T.Austin-Sparks


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