quinta-feira, 8 de maio de 2014

Vivendo em Tendas

Vamos ler Hebreus 11:8,9: “Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.” É maravilhoso o fato de que Abraão estava na terra de Canaã, na terra a qual Deus lhe havia ordenado ir, a terra que lhe fora prometida; no entanto, aquela terra não era dele. Ele foi peregrino na terra da promessa. Se Deus lhe tida dado a terra da promessa, essa terra era sua; ele deveria ser senhor na terra da promessa. Isso é contraditório, mas representa nossa experiência.

Abraão era um peregrino em Canaã... Ele estava peregrinando numa terra que, aparentemente, lhe era estranha, alheia; aparentemente, pois, por um lado, não era dele... Isso não é maravilhoso? A Epístola aos Hebreus conta-nos, de maneira muito clara, a história de Abraão; ali nos é dito que ele morava em tendas. Isso prova que sua vida era uma vida de peregrinação, uma vida de forasteiro. O mundo, enquanto vivemos, é para nós um caminho e, quando morremos, é um túmulo. O que isso significa?

Até a morte de Abraão, ele não havia ganho a terra, mas quando sua esposa, Sara, morreu, ele insistiu em comprar um pedaço de terra para sepultá-la, e, posteriormente, foram ali sepultados Isaque, sua esposa, Jacó e outros. Se lemos a história da vida de Abraão, vemos que Deus lhe deu aquela terra, mas até sua morte somente um pedacinho de terra era seu: o pedaço de terra em que foi sepultado. O significado disso é que este mundo, enquanto vivemos, é apenas um caminho como visto em Abraão, que morava em tendas, vivendo de um lugar para outro; mas quando morremos, essa terra é um túmulo, como o foi também para Abraão. Portanto, irmãos e irmãs, esta é nossa característica: somos peregrinos aqui na terra, na terra moramos em tendas; hoje moramos aqui, amanhã, movemos nossa tenda para outro lugar – qualquer lugar é nossa casa e nenhum lugar é nossa casa.

Muitas vezes damos importância às riquezas terrenas, como se aqui fosse nosso lugar de habitação eterna. A Bíblia fala que as riquezas são instáveis (1 Tm.6:17)... Uma pessoa sábia não acumula riquezas na terra. É claro que temos de trabalhar para sobreviver, mas isso deve ser apenas para subsistir enquanto vivemos “em tendas”. Isso é o que a vida de Abraão nos ensina.


Extraído do livro “O Duplo Chamamento” – Christian Chen (publicado pela Editora dos Clássicos)

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