Vamos ler Hebreus 11:8,9:
“Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia
receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé peregrinou na terra
da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó,
herdeiros com ele da mesma promessa.” É maravilhoso o fato de que Abraão estava
na terra de Canaã, na terra a qual Deus lhe havia ordenado ir, a terra que lhe
fora prometida; no entanto, aquela terra não era dele. Ele foi peregrino na
terra da promessa. Se Deus lhe tida dado a terra da promessa, essa terra era
sua; ele deveria ser senhor na terra da promessa. Isso é contraditório, mas
representa nossa experiência.
Abraão era um peregrino em
Canaã... Ele estava peregrinando numa terra que, aparentemente, lhe era estranha,
alheia; aparentemente, pois, por um lado, não era dele... Isso não é maravilhoso?
A Epístola aos Hebreus conta-nos, de maneira muito clara, a história de Abraão;
ali nos é dito que ele morava em tendas. Isso prova que sua vida era uma vida
de peregrinação, uma vida de forasteiro. O mundo, enquanto vivemos, é para nós
um caminho e, quando morremos, é um túmulo. O que isso significa?
Até a morte de Abraão, ele
não havia ganho a terra, mas quando sua esposa, Sara, morreu, ele insistiu em
comprar um pedaço de terra para sepultá-la, e, posteriormente, foram ali sepultados
Isaque, sua esposa, Jacó e outros. Se lemos a história da vida de Abraão, vemos
que Deus lhe deu aquela terra, mas até sua morte somente um pedacinho de terra
era seu: o pedaço de terra em que foi sepultado. O significado disso é que este
mundo, enquanto vivemos, é apenas um caminho como visto em Abraão, que morava
em tendas, vivendo de um lugar para outro; mas quando morremos, essa terra é um
túmulo, como o foi também para Abraão. Portanto, irmãos e irmãs, esta é nossa
característica: somos peregrinos aqui na terra, na terra moramos em tendas;
hoje moramos aqui, amanhã, movemos nossa tenda para outro lugar – qualquer
lugar é nossa casa e nenhum lugar é nossa casa.
Muitas vezes damos
importância às riquezas terrenas, como se aqui fosse nosso lugar de habitação
eterna. A Bíblia fala que as riquezas são instáveis (1 Tm.6:17)... Uma pessoa
sábia não acumula riquezas na terra. É claro que temos de trabalhar para
sobreviver, mas isso deve ser apenas para subsistir enquanto vivemos “em tendas”.
Isso é o que a vida de Abraão nos ensina.
Extraído do livro “O Duplo
Chamamento” – Christian Chen (publicado pela Editora dos Clássicos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário