Se quisermos conhecer
a vontade de Deus, precisamos conversar com ele. Aqueles que não tiverem essa
experiência, não conhecerão a vontade divina. Alguns irmãos talvez pensem que é
impossível conhecer uma coisa tão tremenda quanto a vontade de Deus. É verdade,
Deus é extremamente sublime. Será que ele revela a sua vontade a pessoas tão
insignificantes como nós? É importante nos prepararmos. Se um espelho estiver
turvo, refletirá uma imagem borrada. Ou se não for muito plano, até distorcerá
a imagem que reproduzir. Se estivermos despreparados, quem pode dizer quão mal
compreendamos a Deus! Toda vez que desejarmos conhecer a sua vontade,
precisamos primeiro tratar de nós mesmos. Precisamos colocar a nossa própria
pessoa de lado, dispostos a tudo abandonar; então ele nos revelará a sua vontade.
Toda vez que buscarmos a vontade divina, precisamos que nossas pessoas sejam
tratadas por ele.
Quando George Müller
buscou conhecer a vontade de Deus, examinou a si próprio muitas vezes. Em seu
diário, sempre começava sua primeira anotação tratando de certa coisa com
palavras assim: esta ou aquela coisa parecem ser assim. Na segunda anotação,
escrevia de novo que realmente parecia ser assim. Mais tarde, poderia anotar
que depois de examinar a questão por dois meses, essa mesma questão ainda
parecia ser assim. Certo dia, algumas pessoas apareceram com um pedido que
parecia relacionado a essa questão. Em ainda outro dia, um colega falou algo
nesse mesmo sentido. Em outro dia, no entanto, veio uma promessa. Após muitos
dias, ele anotou algo assim: "Agora, a questão está esclarecida."
Mais tarde, escreveu que tinha ficado ainda mais clara, pois havia não apenas a
palavra mas também o próprio suprimento. Finalmente, anotou em seu diário que
tudo se havia esclarecido perfeitamente. Às vezes, ele revelava em seu diário
que apesar de ser pouco o dinheiro que tinha, Deus havia começado a suprir e
abençoar. Não tinha medo que caçoassem dele, nem assinava contrato algum com
homens. Toda vez que havia uma necessidade, pedia a Deus que a suprisse, e Deus
nunca falhou. Aprendeu ele a sempre tratar com Deus.
Uma vez, ao orar,
sentiu que Deus desejava que fosse à Alemanha. Ele disse ao Senhor que havia
três obstáculos à sua ida: primeiro, se sua esposa fosse com ele, quem iria
tomar conta dos seus três filhos? Segundo, não havia dinheiro para a viagem; e
terceiro, precisaria de alguém que tomasse conta do orfanato em sua ausência.
Reconheceu que não sabia se a sua viagem era da vontade de Deus; mas se fosse,
pediu a Deus que desse a resposta para essas três perguntas. Depois disso,
apareceu-lhe um homem que era a pessoa ideal para tomar conta do orfanato.
Então, disse a Deus que um dos obstáculos havia sido removido, mas e os outros
dois? Mais tarde, uma mãe mudou-se para sua casa por alguns meses. Ela poderia
tomar conta de seus filhos. O segundo obstáculo havia sido vencido. Mais tarde
ainda, alguém lhe mandou um presente pessoal (pois ele nunca usava dinheiro
designado para a obra), que veio a resolver seu terceiro problema. Por tudo
isso, ele perguntou a Deus se podia agora começar a viagem. Anotações como as
'acima foram claramente registradas em seu diário. Ele aprendeu a tratar com
Deus passo a passo.
Extraído do livro “Conhecimento
Espiritual” – Watchman Nee
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