Aceitando as lições preparadas por Deus

Já no início deve-se mostrar a um cristão que um filho de Deus precisa aceitar todas as lições que Deus lhe prepara. Deus tem preparado todo tipo de ambiente, de acontecimentos e muitos sofrimentos tendo em vista criar em Seu filho uma certa natureza e caráter. É isso que Deus deseja realizar. Por desejar criar um certo caráter em você, Deus prepara o seu ambiente com cuidado.

Depois de se tornar cristão, você verá a mão de Deus lhe conduzindo. Muitas situações previamente preparadas irão lhe acontecer. Virá, também, o tratamento de Deus. Por que tal tratamento? Porque toda vez em que não estiver andando no caminho indicado por Deus, você será fustigado e exortado a retornar da direção que tomara para o caminho indicado por Ele. Cada filho de Deus deve estar preparado para aceitar a mão disciplinar de Deus. Por ser Seu filho, Ele o disciplina. Se você não for um de Seus amados, Ele não buscará lhe disciplinar. Portanto, ser disciplinado e tratado é uma indicação de que somos amados e aceitos por Deus. Somente cristãos compartilham de Sua disciplina.

O que recebemos não é punição, mas disciplina. Punição tem por objetivo retribuído aquilo que é errado, mas a disciplina tem um propósito pedagógico. Punição lida apenas com o passado - alguém é açoitado por ter feito algo errado. A disciplina visa o futuro, ainda que tratando com falhas do passado. A disciplina, no entanto, possui esses dois elementos – um propósito pedagógico como treinamento para o futuro.

É uma grande perda que alguns não compreendam a disciplina de Deus. Falando francamente, muitos vivem diante de Deus de maneira tão tola e por tantos anos que se tornam pessoas sem um caminho. Não sabem o que Deus está fazendo com eles. Vivem segundo seus próprios caprichos, não conhecendo as restrições do Senhor. Correm desvairadamente em um deserto sem qualquer destino em vista. Esse não é o caminho de Deus. Ele tem um propósito definido – desenvolver em nós um caráter especial que glorificará Seu nome. Todas as Suas correções conduzem-nos a esse caminho.

Extraído do livro “Amai-vos uns aos outros” Série Lições Básicas volume 6

Watchman Nee

Livro publicado pela Editora Tesouro Aberto

A Natureza da Disciplina

“Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (Hb.12:6) Essa é a citação de Provérbios 3:12. Isso nos mostra a razão de toda a correção.

         

Deus não trata com cada pessoa que há no mundo, mas somente corrige aqueles a quem ama. Ele nos corrige porque somos Seus amados e deseja fazer de nós vasos adequados. E por isso que Ele gasta tempo com Seus filhos para corrigi-los. A correção, portanto, é o preparo do amor. O amor prepara acontecimentos. O amor cuidadosamente mede aquilo que devemos encontrar. O amor planeja os detalhes do nosso ambiente. Denominamos isso disciplina porque sempre tem como objetivo o mais algo bem e propósito máximo da criação.

“E açoita a todo filho a quem recebe”. Aqueles que são corrigidos pelo Senhor são aqueles que certamente são aceitos por Deus. Se açoitado não é sinal de rejeição, mas ao contrário, é uma evidência da aprovação especial de Deus. Deus não trata com qualquer um; Ele simplesmente concentra Seu lidar naqueles a quem ama, aqueles que são aceitos como Seus filhos.

Como cristãos devemos estar prontos para receber a correção de Deus. Se você não for um filho de Deus, Ele permitirá que você prossiga em seu próprio caminho e viva descuidadamente. Mas uma vez que você aceita o Senhor Jesus como seu Salvador e nasce do alto, torna-se um Filho de Deus e portanto deverá estar pronto a receber disciplina. Um pai não procura açoitar os filhos de outros. Se o filho de seu vizinho é bom ou mau, não é da sua conta. Mas um bom pai verdadeiramente está atendo em educar seu próprio filho. Há certas questões com respeito às quais ele irá lidar de maneira estrita com seu filho; não são questões irrelevantes que podem ser ensinadas de maneira negligente. O próprio pai deve decidir em quais questões ele instruirá seu filho. Ele desejará que seu filho aprenda honestidade, diligência, perseverança e nobres ideais. O pai, por assim dizer, planeja o currículo da instrução para que possa fazer de seu filho o tipo de pessoa que ele deseja que seja. Da mesma maneira, do instante em que você foi salvo, Deus preparou um currículo para que você possa aprender a ser um participante de Sua natureza.

Extraído do livro “Amai-vos uns aos outros” Série Lições Básicas volume 6

Watchman Nee

Livro publicado pela Editora Tesouro Aberto

A reação correta à disciplina do Senhor

Não devemos desprezar a disciplina do Senhor. Caso o Senhor venha a nos repreender, devemos manter uma postura muito séria. Toda a vez que o Senhor permite que algo aconteça conosco, Ele tem o Seu propósito como base de tudo. Ele tenciona utilizar esses acontecimentos para nos edificar. Todas as Suas repreensões têm como objetivo nos aperfeiçoar para que sejamos mais santos. Ele nos repreende para tornar-nos participantes de Sua natureza divina. O objetivo da disciplina é o de educar e treinar o nosso caráter. O senhor nunca nos corrige sem motivo. Ele sempre tem o propósito de nos dobrar e nos moldar em um vaso, nunca com o desejo de fazer seus filhos sofrerem. Sofrer por sofrer não é a Sua conduta. Se ele permite que soframos é porque deseja que participemos de Sua santidade, esse é o motivo e propósito da disciplina.

No entanto, é bem possível que alguns filhos de Deus sejam cristãos por oito ou dez anos sem nunca terem levado a sério a repreensão de Deus. Uma vez que não entende o propósito da repreensão de Deus, Seu lidar e cortar, eles deixam tais repreensões passarem despercebidas.

Portanto, a primeira atitude que os filhos de Deus precisam aprender é tomar com seriedade a correção do Senhor. Toda vez que algo acontecer, a primeira pergunta deveria ser: “O que isso significa?”, ou, “por que aconteceu assim?” Aprenda a considerar isso seriamente  ou então essas coisas acontecerão sem lhe beneficiar.

Extraído do livro “Amai-vos uns aos outros” Série Lições Básicas volume 6

Watchman Nee

Livro publicado pela Editora Tesouro Aberto

Não devemos desprezar a disciplina do Senhor

“Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tender resistido até o sangue” (Hb.12:4). O apóstolo disse aos hebreus que ainda que na luta contra a carne eles tenham sofrido muito e sofreram muitas tribulações e perseguições, não haviam, ainda, resistido até ao sangue. Nesse aspecto ficaram aquém daquilo que o Senhor havia suportado.

“O qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (v.2) A experiência dos cristãos nunca poderá ser comparada à do Senhor. Nosso Senhor, mesmo desprezado a vergonha, suportou a vergonha e os sofrimentos da cruz até o sangue.

Como um cristão espera que seja sua vida? Não devemos dar uma falsa esperança aos nossos irmãos. Devemos mostrar-lhes que encontrarão muitas coisas no futuro, mas o propósito e o significado de Deus não faltarão em nenhuma delas. Por que deveriam eles suportar muitas tribulações? Porque deveriam encarar muitos problemas? Para que servem essas tribulações e dificuldades? Qual o significado do sofrimento cristão?

Por que essas coisas deveriam acontecer? “E estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (vv.5-6).

O apóstolo cita Provérbios, Capítulo 3. Ele diz que não devemos desprezar a disciplina do Senhor, nem nos enfadarmos da Sua repreensão. Aqui ele nos fala de duas atitudes que cristãos precisam manter. Quando alguém está passando por dificuldades, estando sob a disciplina do Senhor, ele pode, facilmente, desprezar essa situação e deixar a correção do Senhor passar despercebida. Ou pode desistir quando estiver passado pela repreensão do Senhor, com a mão do Senhor pesando sobre ele, por achar que é muito difícil ser Cristão. Ele espera ter um caminho próspero na vida – vestir roupas de linho branco e caminhar descontraidamente na rua de ouro que conduz ao portão de pérola. Eles nunca sonharam que ser cristão significaria passar por tantos problemas. Uma vez que ele não está mentalmente preparado para ser cristão sob tais circunstâncias, sente-se desencorajado e pensa em desistir.

“Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento...

(1Pe 4:1)

Extraído do livro “Amai-vos uns aos outros” Série Lições Básicas volume 6

Watchman Nee

Livro publicado pela Editora Tesouro Aberto

Posts da Semana

Essa semana, vamos coletar material de um livro do amado irmão Watchman Nee. O nome desse livro é "Amai-vos uns aos Outros", e ele é parte de uma coleção chamada "Lições Básicas sobre aspectos da vida cristã". 

O assunto dos posts será sobre a "Disciplina do Senhor". Esse tema de fundamental importância, se quisermos tirar proveito de todas as dificuldades e tribulações.

A Editora Tesouro Aberto é responsável pela publicação desse livro em português. Caso se sintam movidos a ler mais sobre o assunto, indicamos esse livro, que é excelente.

Que os irmãos possam ser edificados, alimentados e fortificados NEle. Hoje iniciamos com o primeiro post "Não devemos desprezar a disciplina do Senhor".

Em Cristo,

Participantes de Cristo

Cristo é a Vida

“...Eu sou o caminho e a verdade...e a vida...”

João 14:6

Dando sequência às palavras “Eu sou o caminho e a verdade”, o Senhor acrescenta “e a vida”. Estamos conscientes do fato de que a vida se manifesta espontaneamente em obras, mas as obras não são de forma alguma um substituto para a vida. Devemos deixar bem claro aqui que as obras não são vida porque vida não resulta de esforço, vida é o próprio Cristo.

Um erro muito grave tem permeado os filhos de Deus. Muitos consideram a vida como algo que eles devem conseguir por esforço próprio. O que todos nós devemos perceber é que, se existe vida, não haverá um pingo de necessidade de exercermos qualquer esforço, pois tal vida fluirá naturalmente.

Medite por um instante em como funcionam os nossos olhos e os nossos ouvidos. Nossos olhos vêem naturalmente e nossos ouvidos ouvem espontaneamente porque existe vida neles. Devemos deixar claro que a vida flui naturalmente resultando em obras, mas as obras nunca poderão substituir a vida.

Extraído do livro “Cristo, a Essência de Tudo que é Espiritual” – Watchman Nee

Publicado pela Editora Tesouro Aberto

Cristo é a Verdade

“...Eu sou o caminho, a verdade...”

João 14:6b

O Senhor não somente Se apresenta como o caminho, mas também fala de si mesmo como a verdade. A verdade não se refere a respeito de palavras a respeito de Cristo; o próprio Cristo é a verdade. Frequentemente, os cristãos consideram o ensino e interpretações de Cristo como verdade, apesar de a verdade não estar no relato de algo, mas na pessoa de Cristo.

“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, diz o Senhor (João 8:22). Irmãos e irmãs, se examinarmos nossa experiência, verificaremos que nenhuma verdade jamais nos libertou. A Palavra de Deus diz que a verdade nos libertará mas quantas vezes a verdade é apenas uma doutrina pra nós. Nossos olhos não foram abertos para vermos a Cristo. Podemos ter falado de muitas doutrinas por anos a fio, e, ainda assim, não termos tido visão.

Todas as vezes que se age baseado em doutrinas mortas o resultado é algo artificial sem vida.

Tudo aquilo que não é Cristo vivendo em nós ou não é Cristo como nossa verdade, isto é, tudo aquilo que é feito com base numa doutrina é obra morta.

Obras precisam de nossa memória para que nos lembremos de operá-las, mas a vida age espontaneamente. Uma palavra falada com vida não se origina na nossa memória, mas é motivada por um poder que há dentro de nós. O Senhor é quem nos controla e não uma doutrina ou um ensinamento.

Ele é a nossa verdade, portanto é uma verdade viva.

Extraído do livro “Cristo, a Essência de Tudo que é Espiritual” – Watchman Nee

Publicado pela Editora Tesouro Aberto

Cristo é o Caminho

“...Eu sou o caminho...”

João 14:6a

Jesus disse: “Eu sou o caminho”. A palavra caminho também significa método. O que Ele nos mostra aqui é que Ele é o caminho pelo qual chegamos a Deus, bem como o método pelo qual alcançamos a Deus. Tendo a Ele, temos o caminho; possuindo-o, possuímos o método.

Precisamos ver que o Senhor Jesus, e nenhum outro método, é o único caminho pelo qual chegamos a Deus, tanto no momento de nossa salvação quanto depois.

Alguns cristãos estão à procura de novos métodos espirituais. Certa vez, depois de ouvir uma mensagem a respeito da vitória através de Cristo e não por esforço próprio, um irmão disse àquele que havia proferido a mensagem: “Por muitos anos tenho sido constantemente derrotado mas hoje está tudo resolvido”. Ao que o pregador perguntou: “E como você sabe disso?”. O irmão respondeu: “Porque agora creio ter achado um caminho para a vitória. Louvado seja Deus porque hoje encontrei um método! A vitória é através do Senhor, não através de mim mesmo”. O irmão que havia proferido a mensagem respondeu: “Se tudo o que achou foi um caminho para a vitória, então você vai ser derrotado novamente”.

Se tudo aquilo que conseguimos se resume a um método, descobriremos rapidamente sua ineficácia. Deus não nos dá um método: Ele nos dá Seu próprio Filho.

Extraído do livro “Cristo, a Essência de Tudo que é Espiritual” – Watchman Nee

Publicado pela Editora Tesouro Aberto

Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida

“Respondeu-lhes Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”

João 14:6

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” diz o Senhor Jesus. Somos informados de forma clara que o caminho que Deus provê é Cristo, a verdade que Deus revela também é Cristo, e que a vida que Deus concede é, do mesmo modo, Cristo. Cristo é o nosso caminho, nossa verdade e nossa vida. É através de Cristo que vamos ao Pai. No coração de Deus, aquilo que está relacionado a Ele é Cristo, o qual é também Seu Filho. Ele não nos deus muitas coisas fora de Cristo, pelo contrário, o que Ele nos dá é o próprio Cristo.

Em assuntos espirituais, frequentemente lidamos com questões que se tornam vazias e sem qualquer utilidade espiritual para nós. Precisamos então pedir a Deus que abra nossos olhos de modo que possamos conhecer Seu Filho. A característica do cristianismo reside no fato de sua fonte, profundidade e riqueza estarem vinculados ao conhecimento do Filho de Deus. Não importa o quanto conhecermos sobre métodos, doutrinas ou poder; o que realmente importa é conhecer o Filho de Deus.

Nosso poder provém de conhecermos Seu Filho.

Extraído do livro “Cristo, a Essência de Tudo que é Espiritual” – Watchman Nee

Publicado pela Editora Tesouro Aberto

Posts da Semana

Essa semana, vamos coletar material de um livro do amado irmão Watchman Nee. O nome desse livro é "Cristo, A Essência de Tudo que é Espiritual". 

A Editora Tesouro Aberto é responsável pela publicação desse livro em português. Caso se sintam movidos a ler mais sobre o assunto, indicamos esse livro, que é excelente.

Que os irmãos possam ser edificados, alimentados e fortificados NEle. Hoje iniciamos com o primeiro post "Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida".

Em Cristo,

Participantes de Cristo

Comunhão e Edificação - III

Em seguida, você nota que a ênfase parece estar no material, porque Paulo disse: “Alguns podem edificar com ouro, prata ou pedras preciosas, e outros podem edificar com madeira, feno e palha”. Basicamente há dois tipos de edificação. Como você edifica? Com ouro, prata e pedras preciosas ou com madeira, feno e palha? Sabemos que nas Escrituras o ouro sempre representa a natureza de Deus, porque ele é o metal mais precioso, incorruptível, pesado, de valo, brilhante, duradouro. Por isso na Bíblia o ouro sempre representa algo de Deus. O mais santo de tudo é recoberto de ouro, ouro puro....

Nas Escrituras o ouro representa a natureza de Deus, e a prata, a redenção do nosso Senhor Jesus...as pedras preciosas falam da obra santa do Espírito Santo. Por que esses materiais precisam passar pela pressão, escuridão, pelo tempo, até que se tornem pedras preciosas. A obra do Espírito Santo foi secretamente operante em nossa vida para que as pedras preciosas pudessem ser produzidas.

Você também pode edificar com madeira, feno e palha. Nas Escrituras, a madeira sempre fala do homem (Veja Juízes 9)...Em 1 Pedro 1 é dito que toda a carne é como erva e é bela como uma flor. Assim você descobre que o feno representa a glória do homem, é passageira, é daninha. Você deve se lembrar como faraó mandou que os filhos de Israel fizessem tijolos de palha. A palha é a obra do homem. Em outras palavras, tudo que vem do homem, do seu ego natural. Não há obra da cruz nele. Por isso, tudo o que você apresenta é o seu ego, e porque madeira, feno e palha são baratos você não precisa pagar um grande preço. E então pode construir um imenso edifício com ele. Todos podem vê-lo.

Isso é uma teoria? Não, Paulo os ilustrou. Assim, no princípio do capítulo 3 ele diz como os coríntios, em sua comunhão, edificam aquele edifício. Ele disse: “Eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como carnais, como a bebês em Cristo”. Para melhor distinguir a palavra carnal, no grego sarkenos, gostaria de muda-la para natural. Ora, o bebê é muito natural. Um bebê atrai as pessoas, todos o consideram atraente, porque ele é muito natural. Ele não se restringe a nada, ele é o que é. Se ele quer chorar, chora, não importa quem esteja perto dele. Se ele está com fome, quer comer, é muito natural. Ora, quando somos bebês em Cristo, somos amáveis, mas naturais. E aqueles que são bebês em Cristo só podem tomar leite. O que é leite? É uma comida pré-digerida. Sua mãe precisa pré-digerir esta comida e então ela se torna lite para os bebês. Ou seja, você não pode exercitar suas faculdades espirituais para distinguir o bem ou o mal....as pessoas precisam digerir a Palavra de Deus, torna-la uma mensagem e então liberá-la como leite, para que você não precise digeri-la e não precise exercitar a si mesmo; isto é ser bebê...

...todos nós começamos como bebês, mas temos de crescer. Se você não crescer, então se torna da carne; não carnal, mas da carne, porque há um sentido moral por trás disso. E quando você é da carne, quais são os sintomas? Contendas, ciúmes, inveja, discussões, oposição, estes são os sintomas. E você age de acordo com o homem. Mesmo que você seja cristão, agirá de acordo com um homem do mundo.

E aqueles crentes de Corinto não cresceram. E porque não cresceram? Porque se recusaram a pagar o preço. Recusaram-se a aceitar a cruz de Cristo em sua vida. Eles queriam se manter como era, serem eles mesmos...o que está de errado nisso? Bebê em Cristo! Isso é madeira, feno e palha. Esta é a forma como você edifica.

Extraído do livro “Chamados á Comunhão de Seu Filho” – Stephen Kaung

Comunhão e Edificação - II

Por isso, ter comunhão é edificar. Quando você tem comunhão com o Pai e com o Filho, está edificando algo em si mesmo, em sua vida. E quando você tem comunhão com seus irmãos e irmãs, você está edificando algo neles. Todos nós estamos envolvidos nesta edificação da casa de Deus, do templo santo de Deus, daquele lugar de habitação de Deus em Espírito, isto é o que estamos fazendo. Depois de ser salvo, você imediatamente assume este trabalho de edificação. Se você tem consciência disso ou não, não importa. Mesmo que não esteja consciente de estar edificando algo, está edificando... Frequentemente nos esquecemos de que estamos edificando algo....

Pensamos que não importa, que quando estamos sós nada acontece, mas mesmo quando está com você mesmo algo está acontecendo, alguma edificação está ocorrendo....

Em outras palavras, o que se está edificando sobre esse fundamento tem que ser da mesma qualidade, da mesma natureza, do mesmo caráter do fundamento.

E o que é a Igreja? A Igreja é a extensão de Cristo. Esta é a razão pela qual você lê em 1 Coríntios 12 que o corpo é um, mas tem muitos membros.... Aquilo que é construído sobre esse fundamentos, se vai ser o lugar de habitação de Deus, tem que ser da mesma natureza, qualidade e caráter do fundamento que é Jesus Cristo. Assim, o que você está edificando sobre ele?

...Você entendeu agora? Quão importante é isso, quão cuidadosos devemos ser quanto ao que edificamos. Estamos edificando. Você pode não senti-lo, mas isso está acontecendo. E não se esqueça de que você está edificando algo de valor eterno...

Não pense que você está engajado nesta edificação somente quando vai às reuniões. Mesmo se você está em seu lar, com você mesmo, está contribuindo com algo para isso, bom ou mau. Vinte e quatro horas por dia, não há férias, porque a obra é urgente. Por isso o Apóstolo Paulo disse: “Veja cada um como edifica sobre ele.”

(continua no post de amanhã)...

Extraído do livro “Chamados á Comunhão de Seu Filho” – Stephen Kaung

Comunhão e Edificação

Comunhão não é uma palavra vazia, não é apenas um pensamento teológico. Comunhão é viva, é muito real, ela toca nossa vida. Não somente nossa vida pessoal, mas nossa vida familiar, nossa vida social, nossa vida na Igreja. Ou seja, a comunhão toca todo nosso ser. E por causa disso há algo que vem da comunhão, isto é, comunhão é edificação. E esta é a razão por que no capítulo 3 (de 1 Coríntios), constatamos que o apóstolo Paulo menciona sobre este assunto da edificação. Como a Igreja é edificada? Como templo de Deus é edificado? Ela é edificada pela comunhão dos servos de Deus. Quando temos comunhão, edificamos. Nós tanto edificamos como destruímos. Há uma responsabilidade em nós.

Nosso Senhor disse: “Sobre esta rocha edificarei minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18). Ele é o fundamento, Ele compartilha conosco o que Ele é. ... Mas o que é Sua Igreja? Sua Igreja não é nada além do que o edifício de Deus, o templo de Deus, no qual habita o Seu Espírito. Ele é o fundamento, e nós, que somos chamados para essa comunhão, somos todos edificados sobre esse fundamento.

Assim, o apóstolo Paulo diz que ele é um sábio construtor, não um arquiteto, porque o arquiteto é o próprio Cristo. Ele é um construtor, mas um sábio construtor, porque colocou o único fundamento que pode ser colocado. Não somente Paulo, mas todos os apóstolos fizeram isso. Porque verificamos que a Igreja é edificada sobre o fundamento dos apóstolos. O que isso significa? Que os apóstolos nos relatam aquilo que viram, ouviram, contemplaram, entenderam, experimentaram, por tocarem aquela vida, aquela palavra da vida, aquela vida eterna, Cristo Jesus. E eles fielmente compartilharam conosco tudo aquilo que aprenderam de Cristo. E isso é colocar o fundamento. Mas não somente Paulo, ou Apolo, ou os outros apóstolos fizeram tal trabalho, mas todos nós somos chamados para ter parte nesta edificação. E esta é a razão por que Paulo disse: “Eu, como sábio construtor, coloquei o fundamento entre vós, coríntios, e esse fundamento não pode ser nada além de Jesus Cristo, e agora cada um veja como edifica sobre ele”. Ele quer que cada um de nós veja, isto é, entenda, conheça, guarde no coração, como cada um de nós edifica sobre ele.

(continua no post de amanhã)...

Extraído do livro “Chamados á Comunhão de Seu 

A Vida Cristã é uma Corrida para o Prêmio

No capítulo 9 (do livro de 1 Coríntios), Paulo tenta nos dizer que a vida é uma corrida. Quando fomos salvos, Deus colocou-nos no curso da corrida da fé, e agora estamos correndo-a. Quando corremos uma corrida precisamos ter um objetivo, corremos para ganhar. Esta é a forma de correr. De outra forma, na metade do caminho estamos fora. Quando corremos temos um alvo e colocamos nosso coração nisso. Paulo disse: “Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar” (1 Co.9:26).

Temos um alvo diante de nós? O apóstolo Paulo nos diz: “...esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:13). A vida é um combate, e quando você combate, precisa obedecer a certas regras, viver uma vida de disciplina. Paulo disse: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão...” (1 Coríntios 9:27). No original é dito: “Eu o esmurro e não deixo meu corpo sobre mim governar. Não vivo por meu corpo, vivo por Cristo. De qualquer forma, prego a outros e eu mesmo me desperdiço”.

Esse é o principal objetivo que devemos ter. Os cristãos de hoje são soldados de chocolate, isso é o que C.T.Studd disse. Vivemos despreocupadamente. Seja vigilante, seja diligente, vigie e ore, pois os dias estão se encerando. Por isso, Paulo tenta nos ajudar para que realmente estejamos na comunhão do Filho de Deus, Jesus Cristo. E ele toca em cada área da nossa vida. Que o Senhor possa nos ajudar.

Extraído do livro “Chamados á Comunhão de Seu Filho” – Stephen Kaung

Posts da Semana

Há algum tempo temos tentado focar os "posts da semana" em um tema específico, livro, ou textos de um autor. Nosso objetivo é suprir os irmãos de material edificante, de autores preciosos, de forma que possam ter à mão textos para leitura rápida na web. 

Essa semana, vamos coletar material de um livro do amado irmão Stephen Kaung, baseado no livro de 1 Coríntios. O nome desse livro é "Chamados à Comunhão do Seu Filho". Essas mensagens foram ministradas por Stephen Kaung em Richmond, Virgínia, EUA, entre 11 de fevereiro e 16 de setembro de 2007. 

A Editora Restauração em parceria com a CCC Edições, publicaram esse livro em português. Caso se sintam movidos a ler mais sobre o assunto, indicamos esse livro, que é excelente.

Que os irmãos possam ser edificados, alimentados e fortificados NEle. Hoje iniciamos com o primeiro post "Cristo: A Centralidade da Comunhão".

Em Cristo,

Participantes de Cristo

Cristo, A Centralidade da Comunhão

Paulo usou a si mesmo como um exemplo, mostrando às pessoas que precisamos focalizar em Cristo e não em pessoas, mesmo que seja alguém como Paulo, ou Apolo, ou Cefas. Quem é Paulo? Ele é apenas um servo do Senhor. Quem é Apolo? Um servo do Senhor. Paulo semeou, Apolo regou, mas é Deus quem dá o crescimento. Se você quer ser glorificado, glorie-se no Senhor, não se glorie no homem. Por isso o apóstolo Paulo tenta trazer a mente dos crentes em Corinto de volta para Cristo. Não pense em Paulo, não pense em Apolo, não pense em Cefas, pense em Cristo. Não é Ele o poder de Deus? Não é Ele a sabedoria de Deus? Deus O fez sabedoria para nós, justiça, santidade e redenção. Em outras palavras, tudo vem de Cristo e todas as coisas retornam para Cristo. A não ser Cristo, ninguém é digno. E por esta razão ele disse: “Portanto, ninguém se glorie nos homens, porque tudo é vosso: seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras, tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus” (1 Coríntios 3:21-23). Esta é a direção.

Assim, possamos nós olhar para longe de todas as coisas e olhemos apenas para Jesus, o autor e consumador da nossa fé. É somente assim que somos capazes de ser fiéis à comunhão para a qual Deus nos chamou. Pense apenas um momento: que preço Deus pagou para nos trazer a essa comunhão e para desfrutarmos dessa comunhão? Sim, nós também temos um preço a pagar. Temos de negar a nós mesmo, tomar a cruz e segui-Lo; esse é o preço a pagar.

Extraído do livro “Chamados á Comunhão de Seu Filho” – Stephen Kaung