quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O Cristão Ideal

"Quando me tornei um cristão, tinha minha própria concepção sobre o que era um cristão, e tentei ao máximo ser esse tipo de cristão. Pensei que somente alcançando o padrão imaginado atingiria a perfeição. Ser perfeito era a minha ambição, mas eu tinha minha própria opinião sobre o padrão de perfeição...

Conservei essas idéias claramente definidas sobre como um cristão deveria ser, até que um dia, enquanto lia 2 Coríntios, cheguei à passagem onde Paulo disse que estava triste. Fiquei impressionado. "Paulo triste?" pensei. Em seguida li que ele derramou muitas lágrimas, e considerei: "Será possível que Paulo tenha realmente chorado?" Li que ele fora atribulado, que estivera perplexo, e considerei: "Paulo estivera realmente atribulado? Estivera ele realmente perplexo?"...

Nunca me ocorreu que uma pessoa como Paulo pudesse ter experiências como essas. Todavia, enquanto eu prosseguia a leitura, gradativamente tomei consciência do fato de que os cristãos não são outra categoria de seres angelicais, e que Paulo não ficava muito longe de nós...

Temos aqui um homem que está com medo, mas que, no entanto, é forte; cercado pelos inimigos, mas não aprisionado; parece vencido, contudo não está destruído. Percebe-se que ele é fraco, porém declara que quando é fraco é forte. Pode-se ver que ele leva em seu corpo o morrer de Jesus, todavia diz-nos que a vida de Jesus também se manifesta em seu corpo. Você ouve o "relato negativo", mas você também ouve seu "relato positivo". Ele parece ser "um enganador", contudo é "verdadeiro". Parece ser "desconhecido", no entanto é "bem conhecido". É como alguém que está "morrendo", todavia ele "vive". Como "entristecido, mas sempre alegre; pobre, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo!"

Eis aqui um Cristão!

Extraído do livro "12 Cestos Cheios - Vol.II" - Watchman Nee

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