terça-feira, 28 de julho de 2015

Quem subirá ao monte do Senhor?

"Quem subirá ao monte do SENHOR? Quem há de permanecer no seu santo lugar?"
Salmo 24:3

"Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai."
Apocalipse 14:1

Você pode reconhecer que essas duas passagens constituem uma pergunta e uma resposta, o início e o fim, a antecipação e realização.

De acordo com o propósito de Deus, haverá um grupo trazido à máxima unidade com Seu Filho. "São eles os seguidores do Cordeiro por onde quer que vá" (vs.4). Eu acho que isso é o que está representado, superficialmente, nessa visão do Cordeiro no Monte Sião. Você pode notar pelo contexto que outros serão trazidos ainda a esse grupo na grande vindima. Mas os 144.000 são as "primícias para Deus e para o Cordeiro". A frase "primícias PARA DEUS" é muito significativo.

Você sabe muito bem que em todas as esferas de cultivo, o agricultor trabalha com paciência, dia a dia, desejando ardentemente ver os primeiros sinais de uma resposta do seu labor. Essa é uma espera ansiosa. Vai chegar o dia que ele terá assegurado que tudo não foi em vão, quando as primícias da colheita começam a brotar. Ele toma isso como um lembrete do que ainda terá. Eu acredito que Deus encontrará Sua satisfação primeiramente nesses que estamos mencionando aqui. 

Que possamos nutrir esse desejo! Desejo de fazer parte desses seguidores do Cordeiro que terão essa grande honra e privilégio de trazer satisfação ao coração de Deus primeiro!

Adaptado do livro “Ascendência Espiritual” – T.Austin-Sparks


terça-feira, 7 de julho de 2015

Exalando o Perfume de Cristo

"E encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo" (João 12.3).

Mas temos que recordar-nos de que o Senhor nunca ficará satisfeito sem que nos desperdicemos (como diz o mundo) por Ele. Você já deu demasiado ao Senhor? Posso dizer-lhe uma coisa? Uma lição que alguns de nós temos aprendido é esta: que no serviço divino, o princípio de nos gastarmos é o princípio do poder. O princípio que determina a utilidade é exatamente o princípio de nos espalharmos. A verdadeira utilidade nas mãos de Deus mede-se em termos de "desperdício". Quanto mais pensarmos que podemos fazer, e por mais que empreguemos os nossos dons até aos limites máximos (e alguns ultrapassam mesmo os limites) a fim de fazê-lo, tanto mais descobriremos que estamos aplicando o princípio do mundo e não o do Senhor. Os caminhos de Deus, a nosso respeito, são todos designados para estabelecer em nós este outro principio: que o nosso trabalho para Ele resulta de nós ministrarmos a Ele. Não quer dizer que vamos ficar sem fazer coisa alguma; todavia, a primeira coisa para nós deve ser o Senhor mesmo e não o Seu trabalho.

Em virtude de se ter quebrado o vaso e da unção do Senhor Jesus, a casa foi penetrada da mais doce fragrância. Todos podiam cheirá-la e ninguém podia ficar inconsciente do cheiro. Qual é o significado disto?

Sempre que encontramos alguém que realmente sofreu — alguém que passou por experiências com o Senhor, que o trouxeram ao limite de si mesmo e que, em vez de procurar libertar-se, a fim de ser "usado", se prontificou a ficar aprisionado por Ele, e aprendeu assim a achar satisfação no Senhor e em nada mais — ficamos então logo cônscios de alguma coisa. Imediatamente os nossos sentidos espirituais percebem um doce sabor de Cristo. Algo foi esmagado, algo foi quebrado naquela vida, e por isso podemos cheirar o seu perfume. O perfume que encheu a casa naquele dia, em Betânia, ainda enche a Igreja hoje. A fragrância de Maria nunca passa. Apenas foi necessário dar uma pequena pancada para quebrar o vaso para o Senhor, mas aquele ato de quebrar o vaso e a fragrância daquela unção ainda permanecem.

Estamos falando do que nós somos; não do que fazemos ou do que pregamos. Talvez já há muito, pedimos ao Senhor que nos usasse para comunicar aos outros o recado dEle. Esta oração não é necessariamente um pedido para receber o dom de pregar ou de ensinar. Expressa antes o desejo de podermos, nas nossas relações com os outros, transmitir Deus, a presença de Deus, a percepção de Deus. 

Não podemos produzir tais impressões de Deus nos outros sem que tudo em nós tenha sido quebrado, mesmo as nossas preciosíssimas possessões, aos pés do Senhor Jesus.

Uma vez alcançada esta condição, Deus começará a usar-nos para criar nos outros uma sensação de fome espiritual, mesmo sem haver em nossas vidas demonstrações externas muito visíveis de estarmos empenhados em tão preciosa obra. As pessoas sentirão perto de nós o perfume de Cristo. O menor santo no Corpo senti-lo-á. Perceberá que está com alguém que tem andado com o Senhor, que tem sofrido, que não se tem movido livremente, independentemente, mas que já soube o que significa entregar todas as coisas a Ele. Este gênero de vida cria impressões, e tais impressões produzem fome, e a fome leva os homens a continuar a sua busca até que são trazidos, por revelação divina, à plenitude de vida em Cristo.


Extraído do livro – “A Vida Cristã Normal” (Watchman Nee)

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Um Princípio como Base de Todo o Serviço

“Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher, trazendo um vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo, que lhe derramou sobre a cabeça, estando ele à mesa. Vendo isto, indignaram-se os discípulos e disseram: Para que este desperdício? Pois este perfume podia ser vendido por muito dinheiro e dar-se aos pobres.” Mt 26:6-8

O que é desperdício? Desperdício significa, entre outras coisas, dar mais do que é necessário.... Desperdício é dar algo demasiado por alguma coisa de reduzida importância. Aqui, porém, estamos tratando de algo que o Senhor queria que fosse proclamado juntamente com o Evangelho, como se a pregação do Evangelho resultasse em algo muito semelhante àquilo que Maria fez: que as pessoas se cheguem a Ele e se desperdicem por amor dEle. É este o resultado que Ele procura alcançar.

Se o Senhor é digno, como pode isso ser um desperdício? Ele é digno de ser servido desta maneira. Ele é digno de que eu seja Seu prisioneiro. Ele é digno de que eu viva somente para Ele. O que o mundo diz a respeito não importa, porque Ele é digno. O Senhor disse: "Deixai-a!" Não nos perturbemos, portanto. Seja o que for que o mundo disser, nós poderemos nos firmar nesta base, porque o Senhor disse: "É uma boa obra. Toda a verdadeira boa obra não é a que se faz aos pobres; toda a boa obra é a que é feita a Mim". Uma vez que os nossos olhos tenham sido abertos para o real valor do nosso Senhor Jesus, coisa alguma será boa demais para Ele.

Não, irmãos, o fazer não é o principal para o Senhor. É certo que Ele deseja que você e eu sejamos usados. Deus me livre de pregar a inatividade ou de justificar uma atitude complacente perante as necessidades do mundo. Como diz o próprio Jesus, "o Evangelho será pregado por todo o mundo". A questão, porém, é de ênfase.

Qual é, pois o segredo? E que, ao aprovar a ação de Maria em Betânia, o Senhor Jesus estava estabelecendo um princípio como base de todo o serviço: que derramemos tudo o que temos, nos derramemos a nós mesmos, para Ele; e se isso for tudo o que Ele nos conceder que façamos, é suficiente. O mais importante não é se os "pobres" são ou não ajudados. O mais importante é: O Senhor ficou satisfeito?


Extraído do livro – “A Vida Cristã Normal” (Watchman Nee)

quinta-feira, 2 de julho de 2015

O Senhor Jesus edifica Sua Igreja

O Senhor Jesus disse: “...sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:18). A Igreja é tão preciosa para o Senhor que Ele não pode confiar a sua edificação a ninguém além d’Ele mesmo. Ele é o construtor, o único construtor, o único que pode edificar a casa de Deus. Muitas pessoas podem trabalhar, mas Ele é o Único que está capacitado a fazê-lo, ninguém mais. Você não pode fazê-lo, eu não posso, os anjos não podem, nenhum de nós pode fazê-lo. 

Em Hebreus 3:3 é dito: “Jesus, todavia, tem sido considerado digno de maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a estabeleceu”. Assim, Moisés é a casa e o Senhor é Aquele que edifica Moisés. E em Hebreus 11:8,9 lemos que Abraão, Isaque e Jacó vagueavam na terra prometida como viajantes. Se quisessem voltar para a sua terra natal, Ur da Caldeia, não podiam fazê-lo, nem mesmo a meio caminho para Arã. Mas estavam buscando “a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hb 11:10). Deus nos preparou uma cidade melhor. Esta é a cidade que está em Apocalipse 21 e 22. Essa é a casa de Deus; Deus e o homem habitando juntos em unidade para sempre. 

E quem está capacitado para edificar esta casa a não ser o próprio Deus? Ele não pode confiar em ninguém para ser o arquiteto desta casa. Nenhum arquiteto tem sabedoria para fazer o projeto. Não conseguimos enfatizar o suficiente porque na cristandade hoje estamos tentando edificar a casa de Deus. Temos tentado edificar a casa de Deus há pelo menos dois mil anos. E o que obtivemos? A torre de Babel, não a casa de Deus.

Portanto, espero que ninguém dentre vós tenha o desejo secreto de edificar a casa de Deus. É melhor você desistir. Hoje ouvimos sobre muitos plantadores de igrejas, construtores de igrejas, mas o que eles constroem é a Torre de Babel para difundir o nome deles, não para dar descanso para Deus. Não podemos edifica-la, não tente. Deus é o único construtor. ELE desenha, ELE constrói, ELE faz tudo.


Extraído do livro “Casa Espiritual” – Stephen Kaung