"O Filho nada pode fazer de Si
mesmo" (Jo 5.19).
Cristo
descobriu que essa vida de total abnegação, de absoluta submissão e
dependência da vontade do Pai era uma vida de perfeita paz e alegria. Ele não
perdeu nada dando tudo para Deus. Deus honrou Sua confiança e fez tudo para
Ele, e, então, O exaltou à Sua mão direita em glória. E porque Cristo se humilhou
assim diante de Deus, e Deus estava sempre diante Dele, Ele achou possível
humilhar-se diante dos homens também e ser o Servo de todos. Sua humildade era
simplesmente o entregar a Si mesmo a Deus para permitir que Deus fizesse Nele o
que O agradasse, não importando o que os homens à Sua volta dissessem Dele ou
fizessem a Ele.
É
nesse estado de mente, nesse espírito e disposição, que a redenção de Cristo
tem sua virtude e eficácia. É para trazer-nos para essa disposição que somos
feitos participantes de Cristo. Esta é a verdadeira abnegação, para a qual
nosso Salvador nos chama: o reconhecimento de que o ego não tem nada de bom em
si mesmo, exceto como um recipiente vazio que Deus tem de preencher, e de que
sua pretensão de ser ou fazer qualquer coisa não deve, nem por um momento, ser
permitida. É nisto, acima e antes de todas as coisas, que consiste a conformidade
com Jesus: nada ser e nada fazer de nós mesmos, para que Deus seja tudo.
Extraído do livro "Humildade, A
Beleza da Santidade" - Andrew Murray
Publicado pela Editora dos Clássicos
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