"Então virou
Ezequias o rosto para a parede, e orou ao SENHOR, dizendo: Lembra-te, SENHOR,
peço-te, de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de coração, e
fiz o que era reto aos teus olhos... veio a ele [ Isaías ]
a palavra do SENHOR, dizendo... dize a Ezequias... Assim diz o SENHOR, o Deus
de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração... eis que eu te curarei" (II Reis
20:2-5).
Como a
simplicidade de uma criança, é essa comunhão com Deus! Quando o Filho estava
às portas da morte, Ele orou: "Eu te glorifiquei na terra, consumando a
obra que me confiaste para fazer; e agora, glorifica-me, ó Pai, contigo
mesmo" (João 17:4,5). Jesus Cristo baseou Sua vida e Sua obra fundamentando
Sua espera na resposta à oração que apresentou. Semelhantemente suplicou
Ezequias, o servo de Deus, não à base do mérito pessoal, naturalmente, mas na
confiança que Deus "não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e
do amor que evidenciastes para com o seu nome" (Hebreus 6:10), e que Deus
se lembraria de como ele andara na Sua presença com coração perfeito.
Essas palavras,
antes de mais nada, nos sugerem este
pensamento, que o homem que anda com coração perfeito diante de Deus, pode ter
conhecimento disso — isso pode ser uma questão consciente para ele. Examinemos
agora o testemunho que as Escrituras nos apresentam do rei Ezequias (II Reis
18:3-6): "Fez ele o que era reto perante o SENHOR, segundo tudo o que
fizera Davi, seu pai." Seguem-se, então, os diferentes elementos de sua
vida que eram retos no parecer do Senhor. "Confiou no SENHOR Deus de
Israel... se apegou ao SENHOR, não deixou de segui-lo. Guardou os mandamentos
que o SENHOR ordenara a Moisés. Assim foi o SENHOR com ele." Sua vida se
caracterizou pela confiança e amor, constância e obediência. E o senhor esteve
sempre com ele. Ezequias foi um dos santos a respeito dos quais lemos:
"pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho" (Hebreus 11:2). Esse é
o testemunho bíblico de que foram retos, de que suas vidas foram agradáveis aos
olhos de Deus.
A oração de
Ezequias sugere uma segunda lição — que a consciência do coração perfeito nos
dá um maravilhoso poder na oração. Leiamos novamente as palavras dessa oração,
e notemos quão distintamente Ezequias baseou-se no seu andar de coração
perfeito para com o Senhor. Por isso acabamos de citar I João, onde claramente
ele diz que "aquilo que pedimos, dele recebemos, porque guardamos os seus
mandamentos." É o coração que não nos condena, e que sabe que é perfeito
perante Deus, que nos proporciona essa ousadia.
Extraído do livro
“Sê Perfeito” – Andrew Murray
Publicado pela
Ed.Betânia
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